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http://hdl.handle.net/123456789/7508
Título: | O FANTÁSTICO EM A MÁSCARA DA MORTE VERMELHA DE EDGAR ALLAN POE |
Título(s) alternativo(s): | THE FANTASTIC IN THE MASK OF THE RED DEATH BY EDGAR ALLAN POE |
Autor(es): | SILVA, Cesar Alberto Cavalcante da |
Palavras-chave: | Remo Ceserani; Tzvetan Todorov; O fantástico; Edgar Allan Poe Remo Ceserani; Tzvetan Todorov; The fantastic; Edgar Allan Poe |
Data do documento: | 21-Set-2021 |
Editor: | UFMA |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo analisar o fantástico no conto A Máscara da Morte Vermelha de Edgar Allan Poe, pela corrente do modo literário. Dessa forma, a definição do fantástico baseara-se pela obra de Remo Ceserani O fantástico de 2006, que o classifica como uma forma de contar, contendo procedimentos e temáticas narrativas inerentes, e não um gênero limítrofe a outros semelhantes, como aponta Todorov em Introdução à literatura fantástica (2004). A teoria do estudioso búlgaro-francês Tzvetan Todorov enquadra, o fantástico a mera hesitação do protagonista ou a do leitor implícito, levando em consideração a recepção da obra pelo leitor, para então marcar a manifestação do fantástico, caso não tenha a vacilação de um ou do outro, o fantástico se desfaz, e a narrativa penderá para o estranho ou o maravilhoso. Furtado (1980), respaldando-se no estudo de Todorov (2004), infere a mesma estrutura do estudioso, no entanto, Furtado dá um passo a mais, pois o embate do fantástico não se dá fora do texto, mas dentro deste. David Roas (2001), correlaciona o fantástico puro todoroviano com o maravilhoso, porque o sobrenatural ao irromper na história, não deixa espaço para uma explicação racional possível, é nesse ponto de invasão do incognoscível no escrito, que o autor entra em consonância com Furtado (1980). Voltando ao teórico italiano Ceserani (2006), vemos em seu trabalho a ampliação do fantástico, pois este pode permear várias narrativas e temáticas sem fixar-se em nenhuma, mesmo surgido no Romantismo e tendo seu maior expoente o romancista E.T.A Hoffmann, mencionado por Ceserani, não prende a época e tão pouco a alguns escritos clássicos, uma vez que, o fantástico não é um gênero. Visitamos brevemente três bases da teoria sustentada por Ceserani, a primeira é Irène Bessière (1974), Rosemary Jackson (1986) e Freud (2010), a primeira notou a vulnerabilidade no estudo de Todorov, pois como gênero, existe uma verdadeira restrição do fantástico, na segunda seguindo seu próprio conceito de fantasia, menciona que o fantástico é aceito em diversas formas e temáticas narrativas, para classificá-lo parte de duas instâncias: o maravilhoso e o mimético, o último, psicanalista austríaco em seu trabalho sobre o inquietante (das unheimliche), levanta manobras psicológicas e temáticas contidas no conto literário O homem da areia de E.T.A Hoffmann, os procedimentos discutidos por Freud, servirão de apoio a Ceserani (2006). Furtado retorna à teoria do fantástico uma última vez, agora em Fantástico: Modo (2009), apoiando-se nos estudos de Rosemary Jackson, o autor conclui que o modo fantástico é a melhor forma de tratar o fantástico. |
Descrição: | This study aims to analyze the fantastic in Edgar Allan Poe's The Mask of the Red Death, through the current literary mode. Thus, the definition of the fantastic was based on the work of Remo Ceserani The Fantastic of 2006, which classifies it as a way of telling, containing inherent narrative procedures and themes, and not a genre bordering other similar ones, as pointed out by Todorov in The Fantastic: A Structural Approach to a Literary Genre (1973). The theory of the Bulgarian-French, Tzvetan Todorov frames the fantastic as the mere perplexity of the protagonist or the implicit reader, taking into account the reception of the work by the reader, so as to mark the manifestation of the fantastic, if there is no perplexity of one or on the other, the fantastic falls apart, and the narrative will lean to the uncanny or the marvelous. Furtado (1980), based on Todorov's (2004) study, infers the same structure, however, Furtado goes a step further, as the clash of the fantastic does not take place outside the text, but inside it. David Roas (2001), correlates the fantastic Todorovian with the marvelous, because the supernatural, when breaking into history, leaves no margin for a possible rational explanation. Furtado (1980). Returning to the Italian theorist Ceserani (2006), we see in his work the expansion of the fantastic, as this can permeate various narratives and themes without being fixed in any one, even though it emerged in Romanticism and having its greatest exponent the novelist ETA Hoffman, mentioned by Ceserani, does not tie the time and neither to some classic writings, since the fantastic is not a genre. We briefly visited three bases of the theory supported by Ceserani, the first is Irène Bessière (1974), Rosemary Jackson (1986) and Freud (2010), the first noted the vulnerability in Todorov's study, because as a literary genre, there is a real restriction of the fantastic, in the second following his own concept of fantasy, he mentions that the fantastic is accepted in various forms and narrative themes, to classify it as part of two instances: the marvelous and the mimetic, the last one, an Austrian psychoanalyst in his work on the uncanny (das unheimliche), raises psychological artifice and themes contained in the The Sandman by ETA Hoffmann, the procedures discussed by Freud, will support Ceserani (2006). Furtado returns to the theory of the fantastic one last time, this time in Fantástico: Modo (2009), based on the studies of Rosemary Jackson, the author concludes that the fantastic mode is the best way to treat the fantastic. |
URI: | http://hdl.handle.net/123456789/7508 |
Aparece nas coleções: | TCC de Graduação em Letras/ Língua Portuguesa do Campus de Bacabal |
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