IDEOLOGIA E PODER: Artifícios de controle social em 1984 e O conto da aia

Abstract

O presente trabalho aborda a manipulação das massas através de artifícios de controle social operados por governos totalitários. O corpus selecionado para a análise são as duas obras distópicas 1984, de George Orwell, publicada pela primeira vez em 1949, e O conto da aia, de Margaret Atwood, originalmente publicada em 1985. Tendo em vista que diversos regimes totalitários existiram no decorrer da história, é comum que a literatura aborde tal temática e, geralmente, é o gênero distópico que o faz. E a partir do conceito de que as distopias se caracterizam pela presença de opressão e controle, cenário comum nas obras, se observará que tais características se solidificam através das relações de poder estabelecidas entre os personagens e o Estado. Sendo assim, a pesquisa mostrará os seguintes mecanismos de controle social presentes nas obras: controle ideológico, disciplina, panoptismo ou vigilância, propaganda, alteração de documentos históricos e violência. Posto isto, esta pesquisa se guiará pela seguinte questão: quais são os artifícios de controle social utilizados para manipulação das massas nas obras 1984 e O conto da aia? E para que esta investigação se concretize tem-se como objetivo geral: analisar os artifícios de controle social utilizados para manipulação das massas em 1984 e O conto da aia, além de, especificamente, explicar quais são os artifícios de controle social; exemplificar como os artifícios de controle social foram usados na prática no período dos regimes totalitários; e por fim, demonstrar como tais artifícios de controle social são utilizados para manipulação das massas nas obras 1984 e O conto da aia. A pesquisa em questão, do ponto de vista metodológico, é qualitativa de caráter bibliográfico, de natureza básica. No que se refere ao ponto de vista dos objetivos esta pesquisa é descritiva e explicativa. E para embasamento o referencial teórico assim constituiu- se: (CANDIDO, 2006); (CHAUÍ, 2008); (MANHEIM, 1986); (ALTHUSSER, 1992); (FOUCAULT, 1998 e 1999); ( MACHADO, 1998 em FOUCAULT); (BENTHAM, 2008); (COELHO, 1980); (ARENDT, 1989).