LÚCIO FLÁVIO – O PASSAGEIRO DA AGONIA PERSPECTIVAS DE UM HERÓI TRANSGRESSOR DURANTE O REGIME MILITAR

Abstract

O Presente trabalho procura analisar a relação entre literatura e história, de modo que evidencie como a Literatura se vale dos fatos históricos e dos personagens históricos. Nesse sentido, A literatura funciona como um mecanismo de ficção e também informação, de prazer e também de conhecimento. Além disso, este trabalho procura fazer uma análise dos heróis modernos, valendo-se de Lúcio Flávio o passageiro da agonia. O homem que ficou marcado na história como um fora da lei que praticava assaltos a bancos com a ajuda da polícia corrupta em meio ao contexto da Ditadura Militar. O autor da obra, o Maranhense José Louzeiro, foi o homem escolhido por Lúcio para escrever sobre suas peripécias. José Louzeiro é responsável por essa relevante obra da literatura contemporânea, tendo tido coragem de expor algumas mazelas sociais que cerceavam o período da Ditadura Militar como a polícia corrupta e o famigerado esquadrão da morte. A obra, até chegou a ser censurada e passou por alguns ajustes para que fosse publicada. Assim sendo, o trabalho tem como principal referência a obra Lúcio Flávio – O Passageiro Da Agonia, assim como os preceitos de Antônio Cândido, Marcos Napolitano, Alfredo Bosi, Joseph Campbell, Freud entre outros autores que observam a literatura em seu viés mais histórico, psíquico como também no estudo sobre heróis literários. Nesse sentido, foi feito uma pesquisa de cunho qualitativo que se resume em analisar a obra através da bibliografia exposta acima. A pesquisa se pauta na análise descritiva da obra, observando as denúncias sociais e a construção do personagem Lúcio Flávio enquanto herói moderno. Portanto, esse trabalho buscar apontar a relação entre história e literatura na modernidade tardia, analisar como é construído o herói na literatura contemporânea e identificar as denúncias sociais presentes na obra a partir do narrador memorialista.