Lógica fuzzy aplicada à análise de risco de incêndios florestais na bacia hidrográfica do rio Munim, nos biomas Amazônico e Cerrado

Abstract

O processo de mapeamento dos riscos de incêndios é um componente importante na elaboração do plano de proteção dos recursos naturais, visto que permite a representação gráfica da disposição geográfica dos riscos de incêndio. Neste sentido, a lógica fuzzy, lida com a incerteza e a imprecisão convertendo os valores qualitativos em numéricos dentro do intervalo de 0 a 1. Desse modo, objetivou- se determinar as áreas de riscos de incêndios florestais, por meio da lógica fuzzy, tendo como estudo a bacia hidrográfica do rio Munim, nos biomas Amazônico e Cerrado maranhense. A metodologia integra o uso das geotecnologias para modelar a interação das variáveis de vegetação, topografia, clima e atividades socioeconômicas, para mapear áreas susceptíveis a incêndios florestais em um ambiente SIG. Foram realizadas as etapas metodológicas: i) Aquisição, edição e rasterização do banco de dados; ii) aplicação de funções de pertinência nas variáveis; iii) sobreposição fuzzy e iv) reclassificação espacial do risco de incêndios florestais. Para a elaboração do modelo fuzzy, considerou-se quatro fatores como variáveis de entrada: fatores biológicos (uso e ocupação da terra), topográfico (declividade), socioeconômicos (proximidade de rodovias) e meteorológicos (precipitação, temperatura do ar e deficiência hídrica). A maior parte da área da bacia hidrográfica do rio Munim (15.918 km2) foi classificada como muito baixo 70, 36% e baixo 25% para risco de incêndios florestais. O modelo proposto ajuda os órgãos responsáveis pelo combate a incêndios florestais a desenvolver planos de gestão para prevenir ou minimizar impactos, priorizando a proteção de seres vivos e do ecossistema.