A INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DO COVID-SARS-19 NO COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE FUTUROS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Abstract

Introdução: A pandemia causada pelo vírus da COVID-SARS-19 provocou em todo mundo uma série de mudanças comportamentais, fisiológicas e psíquicas. O isolamento social durante a pandemia resultou a ausência no ambiente universitário, que pode ter influenciado no comportamento sedentário e consequentemente transformações no estilo de vida dos estudantes. Objetivo: Investigar a influência do período pandêmico na relação entre nível de atividade física e comportamento sedentário de estudantes do curso de Educação Física. Materiais e Métodos: A abordagem do estudo é quantitativa, sendo investigado elementos e dados de forma transversal. O estudo contou com a resposta de 55 voluntários do curso de Educação Física do curso Bacharelado e Licenciatura da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Incluindo estudantes do sexo masculino e feminino, com faixa etária entre 18 e 44 anos. As variáveis coletadas foram nível de atividade física, avaliado por meio do questionário IPAQ - versão curta e o nível de sedentarismo analisado com o questionário desenvolvido dos próprios autores. Resultados: Os participantes 62,5% eram do sexo masculino e 37,5% do sexo feminino (30,4% Bacharelado e 69,6% Licenciatura, 3,6% não especificaram). 37,5% afirmaram ter apresentado mudanças e/ou perdas devido a pandemia, como a partida alguém próximo, o desemprego, a mudança na rotina habitual. Sobre o nível de atividade física 37,5% apresentaram comportamentos ativos, outros 37,5% ativos e 25% irregularmente ativos. Do Comportamento Sedentário 44,6% ficaram entre 2 a 4 horas sentados, 19,6% entre 4 a 6 horas, 7,1% acima de 6 horas e 28,6% menos de 2 horas. Quanto ao uso de tela em posição sentada ou reclinada 33,9% relataram usar entre 4 a 6 horas, 32,1% de 2 a 4 horas, 25% acima de 6 horas e 8,9% menos que 2 horas diariamente. Quanto ao uso de telas com pausas, 94,6% tinham o hábito de pausar. O tempo de tela teve relação negativa com a atividade física moderada (r= 0.296, p=0.027) e a idade demonstrou relação proporcional ao nível de atividade física (r= 0.313, p= 0.021), sendo que quanto mais velhos os indivíduos, menos ativos eles eram. O tempo de caminhada, foi encontrado em nosso estudo uma relação em que quanto maior a quantidade de tempo de caminhada maior a tendência da prática de atividade fisica vigorosa. (r=0.329, p=0.013). Conclusão: Os estudantes de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão demonstraram ser ativos ou muito ativos, comparado ao percentual de irregularmente ativos, tendo um tempo de tela recreacional superior ao recomendado e um número alto de nível de comportamento sedentário. Além disso a idade demonstrou maior nível de atividade física, sendo assim os hábitos de vida dos estudantes de Educação Física precisam de intervenções.