RESPOSTA TERAPÊUTICA E PRINCIPAIS MUTAÇÕES DE RESISTÊNCIA À TARV DAS CRIANÇAS NASCIDAS DE MÃES COM O VÍRUS HIV EM HOSPITAL DA CIDADE DE IMPERATRIZ- MA

Abstract

As regiões brasileiras registraram queda na taxa de detecção de AIDS em menores de cinco anos de 2010 a 2020. Entretanto, as barreiras no tratamento das crianças infectadas pelo HIV em terapia antirretroviral permanecem e são inúmeras. O presente estudo teve como objetivo identificar a resposta terapêutica e das principais mutações de resistência relacionadas ao uso da Terapia antirretroviral das crianças nascidas de mães com vírus HIV em um centro de referência da cidade de Imperatriz- MA. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado no período de 2006 a 2021, a partir dos dados dos prontuários dos pacientes foi possível acessar o banco de dados do Ministério da Saúde, por meio do endereço eletrônico https://laudo.aids.gov.br, para que pudesse colher o histórico terapêutico, carga viral e genotipagem. As 34 crianças selecionadas apresentaram uma média de idade de 8 anos, com o tempo médio de uso da TARV de 5,83 anos. 100% das crianças usaram Inibidores de Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeo, 88,2% Inibidores de Transcriptase Reversa Não Análogos de Nucleosídeo, 38,2% Inibidores da Protease e 47% inibidores da integrase. Foram categorizadas 47,1% em sucesso terapêutico, 26,4% em falha terapêutica e 20,6% com resposta incompleta. E como principais alterações temos: a M184V dentro dos (ITRN) 83,3%, nos (ITRNN), a K103N se apresentou 36,4% das vezes. Conclusão: O sucesso terapêutico das crianças deste foi baixo. A quantidade de crianças em sucesso terapêutico e o número de mutações, direcionam uma melhor adoção de estratégias para a adesão desses pacientes e otimizam a utilização dos esquemas antirretrovirais.