Acessibilidade do usuário surdo no currículo do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão

Abstract

O trabalho consiste em investigar como se efetua o trato pedagógico do currículo trinta do curso de Biblioteconomia da UFMA em relação à inclusão e acessibilidade do usuário surdo. De modo mais específico, pretende-se verificar se as disciplinas obrigatórias e/ou optativas apresentam alguma abordagem para inclusão e acessibilidade de usuários surdos; e propor algumas sugestões de acréscimos de mudanças, como a adição de disciplinas com enfoque para a diversidade humana. Para tanto, tratou sobre a comunidade surda, traçando sua história, legislação e a importância do ensino de LIBRAS; a biblioteca e o usuário surdo; o Curso de Biblioteconomia e sua história. Esta pesquisa é de natureza exploratória e documental por analisar as ementas das disciplinas que compreende o Projeto Político Pedagógico do referido curso. E, pesquisa bibliográfica por conta do levantamento e discussão de textos extraídos no Scielo sobre os termos, como: surdos, biblioteca e acessibilidade, na BRAPCI por temas relacionados ao bibliotecário na contemporaneidade e atuação do profissional da informação no contexto inclusivo, no Google Acadêmico sobre as leis que diz respeito aos direitos dos surdos e sobre o currículo de cursos superiores quem tem a disciplina de LIBRAS como obrigatória e no Portal de Periódico da CAPES com termos buscados com ênfase na Biblioteca acessível e do Bibliotecário com habilidade em LIBRAS. Os resultados alcançados demonstram que o currículo atual apresenta apenas uma disciplina, denominada “Práticas de Informação para portadores de necessidades especiais”, que desde a terminologia e ementa já está direcionada para a “acessibilidade e inclusão”, porém apresentando alguns problemas de atualização quanto ao termo “portador”. Além disso, apresenta outras disciplinas como “Fontes de Informação”, “Organização de Unidade de Informação” e “Planejamento de Unidade de Informação” que não mencionam os termos relacionados a “acessibilidade e inclusão” em suas ementas. Porém, isso não impede que o docente responsável pela unidade curricular, ao planejar sua aula, não pense na perspectiva do usuário com deficiência. Conclui-se que o referido currículo pedagógico precisa de reformulações mais pontuais, como a inclusão de disciplinas, como “Ensino de LIBRAS para bibliotecários”, “Braille”, “Áudio descrição”, dentre outras que condicione o bibliotecário a ter habilidades e competências para atuar em uma biblioteca promovendo serviços e produtos de informação em prol da diversidade humana.