Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/7734
Título: Moxidectina como uma potencial droga antitumoral
Título(s) alternativo(s): Moxidectina como potencial medicamento antitumoral
Autor(es): BUTARELLI, Ana Luiza de Araújo
Palavras-chave: anti-helmíntico;
potencial antineoplásico;
efeito antiproliferativo;
apoptose;
anthelminti;
antineoplastic potential;
antiproliferative effect,
apoptosis.
Data do documento: 14-Mai-2021
Editor: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: RESUMO: A Moxidectina (MOX) é um anti-helmíntico de amplo espectro pertencente à família das lactonas macrocíclicas. Com base na filosofia de reaproveitamento de fármacos é possível descobrir novos alvos terapêuticos para drogas já disponíveis no mercado e, ao contrário de algumas drogas pertencentes à sua família, a MOX carece de estudos que explorem seu potencial antitumoral. Desta forma o presente estudo buscou avaliar o potencial antitumoral da MOX em linhagem tumoral de câncer de mama. Para tal, foram realizados testes de citotoxicidade com a MOX nas concentrações de 10, 50, 100, 250, 500 e 1000 nM durante 24, 48 e 72 horas nas linhagens MCF-7 (tumoral) e MCF-10A (normal). Em 24 horas de tratamento a MOX não provocou perda de viabilidade significativa na linhagem tumoral, sendo este efeito citotóxico observado no tempo de tratamento de 48 h, seguido de uma recuperação discreta após 72 h. Na linhagem normal, a MOX induziu uma queda de 20 a 30% da viabilidade nas primeiras 24h de tratamento e manteve o número de células viáveis constante nos tempos subsequentes. A concentração inibitória média (IC50) e o índice de seletividade (IS) revelaram que a MOX exerceu efeito seletivo, principalmente nos tempos de tratamento de 48 (IS= 37,89) e 72 hs (IS= 2,78), causando citotoxicidade mais acentuada na linhagem tumoral. Para verificar a influência do tratamento da MOX na morfologia da célula tumoral foram adquiridas micrografias das células MCF-7 antes e após o tratamento de 48h nas concentrações de 25, 50 e 100 nM. Foram observadas características indicativas de processo apoptótico como diminuição do volume celular, granulação do citoplasma, alterações no padrão de aderência e alterações nucleares. Para verificar o mecanismo de indução da morte celular programada foi realizada a análise do ciclo celular. Os resultados demonstram que a MOX nas concentrações de 50 e 100 nM induziu a parada do ciclo celular na fase S, indicando efeito antiproliferativo. Trabalhos anteriores já apontavam que a MOX em linhagem de glioma reduziu a expressão de CDK2 e ciclina E, duas proteínas ligadas à síntese de DNA na fase S do ciclo celular. O ensaio de apoptose com anexina V e iodeto de propídeo ratificou os dados observados na avaliação morfologia, indicando que a MOX também é capaz de induzir as células tumorais à apoptose. Desta forma, sugere-se que a MOX causa a estagnação das células tumorais na fase S do ciclo celular, o que leva à indução da apoptose, demonstrando um bom potencial antitumoral.___ABSTRACT: Moxidectin (MOX) is a broad-spectrum anthelmintic belonging to the family of macrocyclic lactones. Based on the philosophy of drug reuse, it is possible to discover new therapeutic targets for drugs already available on the market and, unlike some drugs belonging to its family, MOX lacks studies that explore its antitumor potential. Therefore, the present study sought to evaluate the antitumor potential of MOX in the breast cancer tumor lineage. To this end, cytotoxicity tests were carried out with MOX at concentrations of 10, 50, 100, 250, 500 and 1000 nM for 24, 48 and 72 hours on the MCF-7 (tumor) and MCF-10A (normal) lines. Within 24 hours of treatment, MOX did not cause significant loss of evidence in the tumor lineage, with this cytotoxic effect being observed within 48 hours of treatment, followed by a slight recovery after 72 hours. In the normal cell line, MOX induced a 20 to 30% drop in prediction in the first 24h of treatment and maintained the number of viable cells constant in subsequent times. The mean inhibitory concentration (IC50) and the selectivity index (IS) revealed that MOX exerted a selective effect, mainly at treatment times of 48 (IS= 37.89) and 72 h (IS= 2.78), causing cytotoxicity more pronounced in the tumor lineage. To verify the influence of MOX treatment on tumor cell morphology, micrographs of MCF-7 cells were acquired before and after 48h treatment at concentrations of 25, 50 and 100 nM. Characteristics indicative of an apoptotic process were observed, such as decreased cell volume, granulation of the cytoplasm, changes in the adhesion pattern and nuclear changes. To verify the mechanism of induction of programmed cell death, cell cycle analysis was performed. The results demonstrate that MOX at concentrations of 50 and 100 nM induced cell cycle arrest in the S phase, indicating an antiproliferative effect. Previous work has already shown that MOX in a glioma line reduced the expression of CDK2 and cyclin E, two proteins linked to DNA synthesis in the S phase of the cell cycle. The apoptosis assay with annexin V and propidium iodide confirmed the data observed in the morphology assessment, indicating that MOX is also capable of inducing tumor cells to apoptosis. Therefore, it is suggested that MOX causes tumor cells to stagnate in the S phase of the cell cycle, which leads to the induction of apoptosis, demonstrating good antitumor potential.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/7734
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado) do Campus do Bacanga

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