CONHECIMENTO DAS PUÉRPERAS SOBRE PARTO HUMANIZADO

Abstract

INTRODUÇÃO: Ao longo do último século, a assistência ao parto mudou drasticamente, passando de eventos familiares que envolviam técnicas pouco qualificadas para ambientes hospitalares. O Ministério da Saúde (MS), através das Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, visa padronizar as práticas de assistência obstétrica, reduzir as intervenções desnecessárias e difundir as práticas humanizadas baseadas em evidências científicas, assegurando uma assistência digna e uma gravidez saudável e segura. OBJETIVO: Analisar o conhecimento das mulheres em relação ao trabalho de parto e parto humanizado. MÉTODO: Estudo descritivo e transversal, de natureza quantitativa, desenvolvido com puérperas internadas na Maternidade Materno Infantil, no município de Pinheiro, estado do Maranhão. A coleta foi realizada no período de 27 de abril a 20 de agosto de 2023, através de questionário estruturado. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2016® e posteriormente foi realizada a estatística descritiva para caracterização da amostra e distribuição das frequências das diferentes variáveis analisadas. Os resultados da pesquisa foram dispostos em tabelas, criadas utilizando-se o software JAMOVI® versão . RESULTADOS: Participaram do estudo 326 mulheres, em sua maioria (71,5%) com idades entre 20 e 35, lavradoras (22,8%), possuem o ensino médio completo (42,3%), a variável raça foi constituída por 74,8% mulheres pardas. Evidencia-se que, quanto a posição de parir e a necessidade de acesso venoso há um déficit no conhecimento das puérperas em comparação ao restante do questionário onde são questionadas sobre o parto e parto humanizado, e sobre as condutas dos profissionais. CONCLUSÃO: Entende-se que o déficit de conhecimento bem como a falta de informações consistentes acerca do parto natural e parto humanizado apresentam-se como fatores determinantes para o desfecho e melhor experiência no parto. Este estudo foi capaz de identificar o conhecimento das mulheres em relação ao parto e as condutas profissionais. Ademais, poderá contribuir junto às equipes de saúde e sugerir possíveis intervenções para melhoria da qualidade da assistência oferecida às gestantes e puérperas respeitando sua autonomia e dignidade.