Conhecimento e dificuldades de Gestantes e Puérperas relacionadas a amamentação: revisão de literatura

Abstract

Introdução: A amamentação é uma importante prática milenar a qual discerne os benefícios nutricionais, cognitivos, imunológicos, sociais e econômicos, bem como favorece o vínculo afetivo entre mãe e filho desde os primeiros minutos de vida. Todavia, é importante ressaltar que o Aleitamento Materno (AM) deve ser incentivado durante o período gravídico, promovendo educação em saúde para que as mulheres tenham acesso a informações e assim possam identificar suas dificuldades e entender sua importância. Objetivo: Analisar as evidências científicas sobre o conhecimento de gestantes e puérperas acerca do aleitamento materno. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada em novembro de 2023, utilizando as bases de dados online a biblioteca digital SciELO, a BVS para as bases LILACS e BDEnf, Scopus, PUBMED e Embase. Utilizou-se estratégia PICO na elaboração da pergunta norteadora, para a busca nas bases de dados foi utilizado os operadores booleanos AND e OR nos seguintes descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MESH): Conhecimento (Knowledge) AND Gestante (Pregnancy) OR Puérperas (Postpartum Woman) AND Aleitamento materno (Breastfeeding) com a junção do operador booleano foram realizadas em diferentes combinações. Para gerenciamento dos resultados foi utilizado Rayyan16 QCRI, no método de seleção os estudos foram organizados no fluxograma PRISMA e classificados por nível metodológico de evidência. Resultados: Nas bases de dados foram encontrados 1.075 artigos, repetidos 691, sendo selecionados 446, selecionando 9 artigos para a amostra final. Estes correspondem a 0,8% da amostra total dos estudos, houve maior número de publicações em 2019 com três estudos. De acordo com o local de pesquisa, dois foram realizados no Brasil, a metodologia mais utilizada foi transversal, nível de evidência moderada. De acordo com as principais dificuldades na prática do AME, destacam-se o retorno ao trabalho, uso de fórmulas, nível baixo de escolaridade, fadiga pós-parto, ingurgitamento mamário e percepção de que o leite materno possui baixa qualidade. Ao se tratar das dificuldades que as gestantes e puérperas enfrentam no aleitamento materno, os estudos evidenciaram que o conhecimento das mulheres a respeito desse tema está diretamente atrelado à prática da amamentação. Mulheres com baixa escolaridade estão mais suscetíveis a buscarem outras formas de alimentar seus bebês, por exemplo usando as fórmulas. Considerações finais: É possível destacar que quando o profissional de enfermagem exerce o seu papel de promotor da educação em saúde o índice de conhecimento a respeito da importância do AME é muito mais amplo. Além disso, há necessidade que mais estudos sejam realizados e divulgados a respeito da prática do AME.