A COR DA MÍDIA ESPORTIVA BRASILEIRA: a presença da mulher negra no telejornalismo esportivo

Abstract

Como as mulheres negras estão ocupando os espaços no telejornalismo esportivo brasileiro? Esta é a pergunta central deste estudo, que busca discutir, por meio de uma contextualização histórica e social, sobre como as pessoas negras foram escravizadas durante o período colonial no Brasil e como isto afetou e afeta o modo como elas exercem seus trabalhos na atualidade. À luz de autores, como Lélia Gonzalez (1982 e 1984), Cida Bento (2022), Beatriz Nascimento (1976), Angela Davis (2016) e Silvio Almeida (2019), foi possível fazer uma breve linha do tempo para entender o tipo de opressão racial e de gênero que mulheres negras sofrem. E desta forma, entender como elas estão ocupando o espaço do telejornalismo esportivo brasileiro, com foco para a pesquisa documental do canal da Rede Globo SporTV. Para esta investigação, também foram utilizados autores das teorias do jornalismo, como Felipe Pena (2005), Nelson Traquina (2005), Nelson Werneck Sodré (1998) e Muniz Sodré (2019). Na investigação, são questionadas jornalistas negras que atuam no canal, trazendo as impressões delas sobre a inserção das mulheres negras no telejornalismo esportivo brasileiro. A conclusão é que, apesar de alguns avanços e conquistas, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que jornalistas negras sejam reconhecidas e respeitadas no telejornalismo esportivo no Brasil.