Autismo e complicações relacionadas à seletividade alimentar: Uma revisão integrativa do período de 2014 à agosto de 2023

Abstract

Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) caracteriza-se por causar inúmeras alterações em seus portadores, principalmente no que diz respeito a dificuldades de interação social, comunicação verbal e não verbal. De acordo com a versão mais recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o autismo é definido como um transtorno de desenvolvimento que limita a comunicação e a interação social, além de causar padrões restritos de comportamento, chamados de estereotipias. As estereotipias podem estender-se aos hábitos alimentares, como a recusa alimentar e a seletividade. Devido a essas características alimentares, indivíduos com autismo podem apresentar complicações como deficiência de minerais e proteínas essenciais para o bom funcionamento do metabolismo, maior predisposição à obesidade e a doenças cardiovasculares. Objetivo: Identificar e mensurar as consequências da seletividade alimentar em pessoas com TEA. Método: Trata-se de uma revisão integrativa sobre as consequências da seletividade alimentar em indivíduos com autismo. As bases de dados utilizadas para coleta foram: Scielo e LILACS. Foram incluídos artigos completos, disponíveis em português, publicados entre 2014 e agosto de 2023. Resultados: A busca encontrou 25 estudos, dos quais foram selecionados 10 que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Desta forma, foram explorados a seletividade alimentar e o transtorno do espectro autista. Conclusão: Pode-se concluir que a nutrição desempenha um papel crucial na vida das pessoas com TEA, devendo a abordagem ser adaptada às necessidades individuais. O acompanhamento nutricional e a promoção de uma alimentação equilibrada são essenciais para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA. Assim, com base nos materiais pesquisados, espera-se que tais informações sejam utilizadas para melhor compreensão do tema abordado e, desta forma, proporcionar a melhoria do tratamento de forma mais adequada à realidade dos portadores de TEA, fornecendo orientações em relação às particularidades dietéticas desta condição e auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.