COMPOSIÇÃO E VARIAÇÃO DO FITOPLÂNCTON NO BAIXO CURSO DO RIO ITAPECURU, MARANHÃO - BRASIL.

Abstract

O conhecimento sobre o fitoplâncton, tanto em relação aos aspectos de composição de espécies quanto em relação à ocorrência, densidades populacionais, sucessão temporal ou padrões de distribuição nos sistemas aquáticos naturais é de enorme relevância para o entendimento das interações bióticas ou daquelas com o sistema abiótico, e contribuem preponderantemente para a compreensão do funcionamento do sistema como um todo. A importância do estudo do fitoplâncton dá-se pelo fato deste, juntamente com outros organismos autotróficos, constituir a base da teia trófica em ambientes aquáticos. Esses organismos são ainda responsáveis pela produtividade primária desses ambientes, atuando assim como “(re)cicladores” da matéria em ecossistemas aquáticos. Desta forma , o objetivo desse estudo foi analisar a estrutura da comunidade fitoplanctônica no baixo curso do rio Itapecuru relacionando com os períodos sazonais e as variações dos parâmetros físico-químicos e ainda identificar espécies ou grupos funcionais relevantes que possivelmente possam indicar a qualidade da água. As amostras foram obtidas em onze campanhas, nos períodos compreendidos entre Maio/2012 a Outubro/2014, considerando a sazonalidade da região, isto é, período chuvoso (Janeiro a Julho) e de estiagem (Agosto a Dezembro). Em três pontos pré-estabelecidos, localizados no Baixo Curso do Rio Itapecuru, Maranhão Nordeste, Brasil. Para obtenção de dados qualitativos da comunidade fitoplanctônica foi utilizada uma rede fitoplanctônica com malha de 20 µm, com o tempo de arrasto de 3 minutos, enquanto que os dados quantitativos (densidade) foram obtidos por meio de uma garrafa de van Dorn, lançada na camada subsuperficial da água. Após as coletas as amostras foram acondicionadas em frascos de polietileno fosco e fixadas com solução de formol a 4%. O cenário atual da comunidade fitoplanctônica na área do baixo Itapecuru é constituído predominantemente por diatomáceas, seguida das clorofíceas, com algas que apresentam o hábitat ecológico dulcícola e que ocorrem esporadicamente no estuário. Quanto às espécies consideradas como bioindicadoras, a Kichneriella sp. se destaca em quantidade de células por litro, principalmente no ponto P2, elevando a densidade e proporcionando a alteração do equilíbrio da comunidade, inferindo numa baixa riqueza e diversidade de espécies, exceto no ponto P3. Outra espécies que merece destaque é o grupo de cianobactérias composta por Microcystis wesenbergii que juntamente com Microcystis aeruginosa e Microcystis viridis apresentam potencialidades em produzir cianotoxinas do tipo microcistinas, que provocam deficiência hepática levando os organismos a morte. O monitoramento nessa região por meio da comunidade fitoplanctônica deve ser matido, merecendo um acompanhamento principalmente no que se refere ao grupo espécies de cianobactérias identificadas, como Microcystis e Anabaena, que embora suas representações tenham sido insignificantes, podem gerar danos severos quanto sua toxicidade e comprometer a qualidade da água local, mediante as possíveis alterações ambientais. Outra espécies que merece destaque é o grupo de cianobactérias composta por Microcystis wesenbergii que juntamente com Microcystis aeruginosa e Microcystis viridis apresentam potencialidades em produzir cianotoxinas do tipo microcistinas, que provocam deficiência hepática levando os organismos a morte. O monitoramento nessa região por meio da comunidade fitoplanctônica deve ser matido, merecendo um acompanhamento principalmente no que se refere ao grupo espécies de cianobactérias identificadas, como Microcystis e Anabaena, que embora suas representações tenham sido insignificantes, podem gerar danos severos quanto sua toxicidade e comprometer a local, mediante as possíveis alterações ambientais.