Perfil de mortalidade por febre reumática aguda e doença cardíaca reumática crônica no Maranhão no período de 2012 a 2021

Abstract

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortalidade em todo o mundo. Dentro desse grupo está a febre reumática, uma patologia que ocorre devido a uma infecção da orofaringe pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A e que persiste, ainda no século XXI, como um importante problema de saúde pública mundial. Assim como no Brasil, o Maranhão possui uma série de questões para a resolução desse problema, esbarrando principalmente em baixos indicadores socioeconômicos e na precariedade de acesso à saúde de qualidade. OBJETIVO: Analisar o perfil de mortalidade da febre reumática aguda e doença cardíaca reumática crônica no Maranhão, no período compreendido entre 2012 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, observacional e descritivo. A pesquisa foi feita através de dados disponíveis no Departamento de Informática de Dados do SUS (DATASUS). RESULTADOS: Foi possível evidenciar que, entre os anos de 2012 a 2021 no Maranhão, totalizou-se 388 óbitos, representando 0,11% de todas as mortes ocorridas no estado no mesmo período analisado. A incidência foi maior no sexo feminino (50,7%), na cor/raça autodeclarada parda (64,9%), naqueles que tiveram 8 a 11 anos de escolaridade (25%) e na faixa etária de 80 anos e mais (19%). CONCLUSÃO: No Maranhão, a grande porcentagem de óbitos se concentra na população idosa que apresenta maior predisposição para desenvolver complicações da febre reumática, com ênfase para a faixa etária acima de 60 anos. Novos estudos sobre esta patologia são necessários, a fim de haver melhor direcionamento de medidas de prevenção e promoção da saúde, com o objetivo de minimizar as consequências da febre reumática, não apenas no Maranhão, mas no país como um todo.