PERFIL DE MORTALIDADE POR QUEDAS EM IDOSOS NO MARANHÃO, NO PERÍODO DE 2011 A 2020

Abstract

No Brasil e no mundo, o envelhecimento populacional, devido à fragilidade da condição de ser idoso e suas consequências, muda o perfil de morbimortalidade da população; com crescente notificação das complicações oriundas das situações classificadas como de causas externas, que são, majoritariamente, causas evitáveis. Dentre essas causas externas, no nosso país, as quedas respondem por um dos principais motivos de internações em hospitais, tornando-se importante e crescente problema de saúde pública. OBJETIVO: Descrever o perfil da mortalidade por quedas em idosos no Maranhão, no período compreendido entre 2011 e 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico, transversal, observacional e descritivo. Pesquisa feita por meio da coleta de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do IBGE. RESULTADOS: Foi possível evidenciar que, entre os anos de 2011 a 2020 no Maranhão, totalizou-se 1.517 óbitos em idosos decorrentes de quedas, 0,89% de todas as mortes ocorridas no estado, dentro dessa mesma faixa de idade e anos estudados. De maneira geral, houve um recrudescimento de casos do ano de 2011 até 2018 (aumento de 143%) e o maior número se manteve na faixa etária de 80 anos e mais. A incidência foi maior nos idosos mais velhos (80 anos e mais) (60,78% - 922 óbitos), nas mulheres 57,92% (878 casos), na cor/raça parda (54,6%), naqueles que não tiveram nenhum tipo de escolaridade (41,34% - 627 casos) e, por fim, nos viúvos (43,41%). CONCLUSÃO: Dessa forma, o perfil epidemiológico aqui retratado, junto a outros estudos, pode colaborar com a elaboração de ações de prevenção e de promoção de saúde voltadas a essa população, que possam minimizar a ocorrência e as consequências de quedas nos longevos.