“COMO ENGANAR A FOME COM CAROÇO DE COCO BABAÇU?” EDUCAÇÃO E ANCESTRALIDADE PARA EMPODERAR UMA MULHER QUEBRADEIRA DE COCO BABAÇU EM CODÓ/MA

Abstract

Esse texto aborda uma narrativa de formação e de vida, em uma narração histórica de uma ancestralidade, traz uma problematização sobre o caroço do coco babaçu para famílias carentes, que o utilizam como fonte de renda, para o enfrentamento da fome, resgatando uma cultura rica, em saberes compartilhados entre gerações. Partimos do seguinte questionamento: Que memórias autobiográficas de uma Quebradeira de coco, inscritas em sua ancestralidade podem ser acessadas para empondera-la por meio da educação? Assim, temos como objetivo geral: Compreender memórias autobiográficas de uma Quebradeira de coco, inscritas em sua ancestralidade, para empondera-la por meio da educação. E como objetivos específicos: conhecer as memórias autobiográficas de uma Quebradeira de coco sobre o seu processo educacional; registrar as memórias e os saberes contidos na ancestralidade de Quebradeiras de coco com vista ao seu empoderamento por meio da educação. A pesquisa foi também baseada em estudos sobre etnobotânica, segurança alimentar e a teoria da resiliência comunitária, destacando autores como Oliveira (2022), Sousa (2015) Morais e Bragança (2021), que evidenciam as relações entre práticas tradicionais e educação no campo. Essa pesquisa é de cunho qualitativo, com conversas informais com as Quebradeiras de coco babaçu e utiliza o método da pesquisa (auto)biográfica, em que são narradas as memórias da autora sobre os desafios enfrentados em seu processo de escolarização e de suas vivências com sua avó materna. Entre os resultados, destacamos as memórias e saberes sobre a utilização e as formas de consumo do coco babaçu. Concluímos que o coco babaçu, é uma fonte de renda para as mulheres e suas famílias, no interior do Maranhão. As histórias narradas são mais comuns do que se imagina. Então é necessário que esses saberes sobre o coco babaçu tenham mais visibilidade perante a sociedade.