O MOVIMENTO ESTUDANTIL COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA E DA AUTONOMIA: concepções dos representantes estudantis do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências de Codó

Abstract

A história nos mostra que os movimentos estudantis já ocuparam muitas lutas, desde as manifestações antifascistas, a campanha nacionalista pelo monopólio do petróleo, cujo resultado foi a criação da Petrobrás, a luta contra a ditadura e “as Diretas Já”. Nessa perspectiva, compreende-se que a importância do movimento estudantil ocorre por ele estar inserido em um espaço propício ao pensamento crítico e reflexivo. O objetivo geral, portanto, compreende em analisar em que medida o movimento estudantil apresenta-se como espaço de construção da democracia e da autonomia no Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão, do Centro de Ciências de Codó. Logo, os objetivos específicos são: identificar as concepções de protagonismo estudantil numa perspectiva democrática e humanizadora; discutir acerca dos desafios e possibilidades do protagonismo estudantil no ensino superior e verificar as concepções sobre o protagonismo estudantil pela perspectiva dos representantes de turma do Curso de Pedagogia. A metodologia utilizada foi do tipo bibliográfica de campo com abordagem qualitativa. Buscamos discutir inicialmente, sobre o movimento estudantil no ensino superior, traçamos um pouco seu percurso histórico no cenário brasileiro; o analisamos com base na perspectiva democrática e humanizadora, ou seja, o desenvolvimento de ações democráticas e inclusivas; tratamos de alguns desafios enfrentados pelas lutas estudantis dentro no cenário universitário e possibilidades para o seu fortalecimento enquanto movimento social. Para fundamentar essa discussões nos apoiamos em autores como: Bourdieu e Passeron (1970), Costa (2000), Silva (2021), Freire (2016), Araújo (2017), dentre outros. Com base na pesquisa de campo, pudemos constatar que o movimento estudantil do CCCO apesar de dispor de uma representação importante, atualmente, ainda apresenta muitas dificuldades para funcionar como uma luta em prol dos direitos coletivos. Compreendemos ser ele uma ação, um movimento, uma luta que possibilita o desenvolvimento de comportamentos de liderança, pensamento crítico e capacidade de comunicar.