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Título: O SILÊNCIO QUE ME (IN)FORMA: Quando horizontes gestálticos e orientais coabitam o espaço-tempo psicoterapêutico
Título(s) alternativo(s): THE SILENCE THAT (IN)FORMS ME: When Gestalt and Oriental horizons cohabit the psychotherapeutic space-time
Autor(es): GOMES, Ana Paula de Almeida
Palavras-chave: Silêncio;
Gestalt-terapia;
Filosofias Orientais;
Psicoterapia
Silence;
Gestalt therapy;
Eastern Philosophies;
Psychotherapy
Data do documento: 21-Dez-2022
Editor: UFMA
Resumo: No cenário ocidental repleto de ruídos e tecnologias, a sobrecarga sonora, sensorial e informacional tem ocasionado graves afetações ecossistêmicas. Partindo daí, o direcionamento para a escuta e proteção do silêncio torna-se um movimento ético e também político. Embora seja interpretado enquanto desperdício e improdutividade na realidade capitalista moderna, o silêncio é uma noção central para pensar a experiência humana em diversas culturas e filosofias orientais como o Taoísmo e o Budismo. Quando assimilamos os conhecimentos destas tradições no cuidado com o outro e na apreciação do vazio, abre-se a possibilidade de construção de um espaço que acolha e legitime o silêncio e suas polaridades enquanto valorosos elementos comunicativos e afetivos. Essa discussão é de grande relevância para a Psicologia, já que o silêncio comparece na clínica de diversas formas, a cada vez. Para além disso, a lógica de excessos também permeia o espaço-tempo psicoterapêutico – seja nos clientes ou nos próprios terapeutas – cabendo um questionamento acerca do lugar que o fazer Psi ocupa nesse processo. Por sua vez, as raízes orientais da Gestalt-terapia (abordagem da Psicologia) refletem a noção de contato para além do verbal em sua teoria e práxis, abrindo os sentidos à vivência presente que pode (in)formar: em silêncios, intervalos e experiência. Através da autoetnografia performática, metodologia escolhida em oposição ao discurso hegemônico de exclusão subjetiva na escrita acadêmica, este artigo pretende analisar as formas de coabitação do silêncio no espaço-tempo psicoterapêutico a partir da Gestalt-terapia e das Filosofias Orientais. Dando lugar central às minhas experiências como budista, cliente, estagiária, estudante, e gestalt- terapeuta em construção, o presente trabalho objetiva apontar as fundamentações teóricas da Gestalt-terapia associadas ao silêncio, apresentar as perspectivas das Filosofias Orientais na compreensão do silêncio e articular o silêncio no espaço clínico com a fundamentação teórica da Gestalt-terapia e as Filosofias Orientais. Como conclusão, ficam os direcionamentos para: a valorização do silêncio como elemento comunicativo figural na clínica, o reencontro potente com a experiência presente e o acolhimento das polaridades sonoras que emergem na psicoterapia. Por fim, ressalto a escassez de materiais que discutam a temática, convidando a comunidade científica para a discussão urgente e visceral sobre o silêncio no espaço-tempo psicoterapêutico, bem como as (in)formações que ele pode inaugurar em nós.
Descrição: In the western scenario full of noise and technology, the sound, sensory and informational overload has caused serious ecosystem damage. Starting from there, the direction for listening and protection of silence becomes an ethical and political movement. Although it is interpreted as waste and unproductiveness in the modern capitalist reality, silence is a central notion when thinking about the human experience in several eastern cultures and philosophies such as Taoism and Buddhism. When we assimilate the knowledge of these traditions in caring for others and appreciating the void, opens the possibility of building a space that welcomes and legitimizes silence and its polarities as valuable communicative and affective elements. This discussion is of great relevance for Psychology, as silence appears in the clinic in different ways, each time. In addition, the logic of excesses also permeates the psychotherapeutic space- time – either in clients or in therapists themselves – making it necessary to question the place that psychologists occupy in this process. In turn, the eastern roots of Gestalt Therapy reflect the notion of contact beyond the verbal in its theory and practice, opening the senses to the present experience that can (in)form: in silences, intervals, and experience. Through performative autoethnography, a methodology chosen in opposition to the hegemonic discourse of subjective exclusion in academic writing, this article intends to analyze the forms of cohabitation of silence in psychotherapeutic space-time based on Gestalt therapy and Eastern philosophies. Giving a central place to my experiences as a Buddhist, client, intern, student, and gestalt-therapist under construction, this work aims to point out the theoretical foundations of Gestalt-therapy associated with silence, present the perspectives of Eastern Philosophies in understanding silence and articulate silence in the clinical space with the theoretical foundation of Gestalt-therapy and Eastern Philosophies. In conclusion, there are directions for: the appreciation of silence as a figural communicative element in the clinic, the powerful reencounter with the present experience and the embracement of sound polarities that emerge in psychotherapy. Finally, I emphasize the scarcity of materials that discuss the theme, inviting the scientific community to an urgent and visceral discussion about silence in the psychotherapeutic space-time, as well as the (in)formations that it can inaugurate in us.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/8484
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Psicologia do Campus do Bacanga

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