Benedictus de Spinoza: um estudo sobre a ética dos afetos

Abstract

RESUMO: O presente artigo busca compreender as linhas que permeiam a teoria dos afetos do filósofo holandês Benedictus de Spinoza, identificando conjuntamente a questão do corpo, visto que, os afetos se manifestam por meio das interações dos corpos. Desta forma, procuraremos apresentar essa teoria demonstrando como durante toda a nossa vida temos a capacidade de afetar e ser afetados ao nos relacionarmos com o mundo, as alterações que os nossos corpos sofrem ao ter essas relações denominadas de afecções, e como elas atingem positiva ou negativamente a nossa potência de existir, isto é, o esforço para continuar existindo. A metodologia deste trabalho consistirá, portanto, em uma pesquisa bibliográfica a partir da obra principal de Spinoza, a Ética, e de uma obra secundária do autor Marcos André Gleizer, Espinosa & a afetividade humana. Seguindo este caminho, outro importante trabalho a ser mencionado na referida pesquisa (também de autoria do filósofo holandês) é o Tratado da Reforma do Intelecto (TIE), trabalho inacabado, porém de grande importância, ainda mais por caracterizar-se como uma introdução à sua obra magna, a Ética. Essa pesquisa tem por objetivo investigar como essas alterações recaem sobre o nosso corpo, ficando sujeitos a agir no mundo de maneira adequada ou padecermos de forma inadequada. Assim sendo, buscaremos refletir a partir da contribuição teórica desse autor, sobre a compreensão da afetividade humana, analisando as variações que sofremos ao longo da vida, bem como a sua influência na variação de aumento ou diminuição da nossa potência, e ainda, como alcançar uma natureza humana potente.