O PODER DE IMPRENSA E A TUTELA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: Um paralelo entre as crônicas de Lady Whistledown e a contemporaneidade brasileira

Abstract

A série literária escrita por Julia Quinn, Os Bridgertons, é constituída por uma coletânea de oito volumes. A série narra um romance de época que se passa na Inglaterra no início do século XIX. É nesse cenário que surge a imponente Lady Whistledown, autora que cativou leitores e recebeu destaque na história ao apresentar para o público folhetins de fofocas recheados de informações e segredos da alta sociedade londrina. Nesse sentido, o presente trabalho monográfico se propôs analisar a relação entre Lady Whistledown, à sociedade brasileira contemporânea e o ordenamento jurídico pátrio, com vistas a estabelecer um paralelo entre a série literária Os Bridgertons e a seara jurídica brasileira. Desse modo, foi realizado um estudo bibliográfico centrado na análise da obra em comento com o intuito de compreender como a tutela dos Direitos Personalíssimos se adapta às questões trazidas pela imprensa do século XXI. Para isso, foi analisada a série literária que fundamenta a temática, a Liberdade de Imprensa e os Direitos da Personalidade, bem como a colisão de tais Direitos dentro da órbita jurídica e a proteção destes à luz da era digital. Concluiu-se, nesse sentido, que a liberdade de imprensa não se configura como absoluta, que o dever de informar não se caracteriza como instrumento voltado para a promoção de ofensas, insultos, e fatos inverídicos, e que Julia Quinn apresentou ao leitor, através de suas obras, uma realidade que se traduz na luta pela manutenção e proteção dos direitos da Personalidade a luz da imprensa coexistente.