INFLUÊNCIA DO ÓLEO DIESEL MARÍTIMO (ODM 60ºC) NA GERMINAÇÃO DE PROPÁGULOS DE MANGUE Laguncularia racemosa C.F GAERTN

Abstract

A zona costeira e marinha brasileira possui diversas funções ecológicas como: prevenção de inundações, manutenção do clima, reciclagem de nutrientes e substâncias poluidoras. É um valioso ecossistema no fornecimento de bens e serviços ambientais, econômicos e socioculturais. As espécies arbóreas de manguezal têm como característica a reprodução vivípara e sua dispersão ocorrem por meio das marés. A ação negativa de derramamento de óleos derivados de petróleo podem prejudicar o processo de germinação, seu crescimento, desenvolvimento e estabelecimento da plântula. O presente trabalho abordou a necessidade de investigar a capacidade germinativa de propágulos de Laguncularia racemosa submetidos ao óleo diesel marítimo para contribuir no processo de recuperação ecológica de manguezais. Os propágulos utilizados foram coletados na praia do Mangue Seco, município de Raposa. As amostras foram divididas em sete tratamentos com três repetições, totalizando 840 (oitocentos e quarenta) propágulos maduros, definidos como T0= controle (sem adição de óleo diesel marítimo), T1, T2, T3, T4, T5 e T6, sendo estes submetidos a diferentes tratamentos de óleo diesel marítimo, respectivamente 0,5%, 1%, 1,5%, 2%, 3% e 4%, emulsificados em 500ml de água estuarina. Para analisar a influência do óleo diesel marítimo foram avaliadas as variáveis de germinabilidade (G%); o tempo médio de germinação (TMG); velocidade média de germinação (VMG); índice de velocidade de germinação (IVG) e taxa de mortalidade (M%). A influência do óleo diesel marítimo foi altamente negativa para a espécie estudada, dependendo da quantidade a espécie pode não ser capaz de sobreviver e tolerar o poluente em sua fase inicial. A espécie L. racemosa mostrou-se sensível ao stress causado pela substância adicionada, com possibilidade de haver perdas da espécie por acidentes envolvendo esse contaminante.