Rousseau, o eu é um outro

Abstract

RESUMO A valorização da razão e do pensamento crítico e autônomo na Modernidade foi um fator fundamental para a exacerbação da “subjetividade” no período Iluminista. Neste projeto, o homem passou a ser entendido como apto para libertar-se da ignorância e do fanatismo engendrados da visão teocrática anterior. O que, por sinal, ocasionou significativas implicações na época. Como objetivo podemos destacar: refletir uma filosofia da alteridade no Século das Luzes, partindo das críticas de Jean-Jacques Rousseau à exacerbação da subjetividade da filosofia Iluminista. Onde vamos contextualizar aspectos da consolidação do grande projeto iluminista; analisar a herança etnocêntrica deixada por Rousseau com a hipótese do estado de natureza primitivo; bem como habilitar, partindo da análise sobre as funções sociais dos espetáculos, a Festa Pública (conceito debatido por Rousseau) como o espaço para construção dos laços de alteridade a partir do compartilhamento da cena e como espaço de afirmação ser de cada um. Eis, então, nesta filosofia, a possibilidade para a construção de uma identidade pessoal e social.