A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE PLÁGIO ACADÊMICO: UM ESTUDO COM ESTUDANTES CONCLUINTES DO CURSO DE PEDAGOGIA FRENTE AO ATO PLAGIADOR

Abstract

O presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa realizada com discentes concluintes do curso de Pedagogia da UFMA no Campus de Imperatriz acerca de plágio. O objetivo principal do estudo foi investigar os sentidos atribuídos e convencionados pelos estudantes sobre a prática plagiadora e como essas representações podem refletir na escrita do TCC. Assim, lançou-se mão da Teoria das Representações Sociais introduzida por Moscovici e de uma abordagem complementar que é a Teoria do Núcleo Central proposta por Jean Claude Abric. Logo, a pesquisa, inicialmente, contou com um levantamento bibliográfico de autores que estudaram o tema plágio e estudos que discorrem sobre a Teoria das Representações Sociais incluindo os trabalhos de Oliveira et al. (2022), Crusoé (2014), Ferrari (2019), Taborda e Rangel (2016), Soares e Machado (2017) que dissertam sobre a TRS, e os trabalhos de Rodrigues e Lopes (2019), Corrêa (2021), Pereira e Corrêa (2021), Krokoscz (2015), Rodrigues Júnior e Alves Júnior (2020) que estudam o ato plagiador, e uma pesquisa de campo com os sujeitos, utilizando instrumentos próprios de pesquisas em representações sociais como a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) e a hierarquização dos termos. Com os dados levantados, utilizou-se o programa online openEvoc, que oferece apoio à organização e visualização dos dados para uma melhor captação dos elementos que compõem o núcleo central e os que se caracterizam como periféricos, consistindo em uma pesquisa predominantemente qualitativa. Desta forma, ao longo do trabalho, foi se estabelecendo links entre as percepções consensuais dos discentes e o conhecimento científico dos teóricos e pesquisadores acerca de plágio. A partir das representações sociais levantadas e da captação do núcleo central percebeu- se que o plágio se apresenta no pensamento da maioria dos investigados, sobretudo, como algo ilícito, que viola regulamentos e vai contra o resguardo de algo protegido, a integridade de uma obra e o respeito ao seu criador e que tal entendimento pode contribuir para que esses estudantes, em seus processos de escrita, como a produção do TCC, optem por seguir um caminho adverso à contrafação, buscando contribuir com desenvolvimento científico por meio de produções íntegras e legítimas.