PROCESSOS DE APRENDIZAGENS UBÍQUAS MEDIADOS PELOS(AS) PROFESSORES(AS) NO ENSINO FUNDAMENTAL DURANTE A PANDEMIA

Abstract

A pandemia foi um momento de grandes desafios em todo o contexto social, embora também possa ter sido um fator substancial na ressignificação da prática pedagógica mediante os processos ubíquos subsidiados pelas TDIC, uma vez que ensino remoto emergencial pode ter provocado modificações nas concepções de tempo e de espaço, propiciando assim, um outro olhar sobre a ubiquidade, na perspectiva de contribuição para a aprendizagem, bem como possibilitou (re)imaginar uma educação que caminha em torno do ciberespaço. Este trabalho teve como objetivo investigar a proposição de processos de aprendizagem ubíqua mediados pelos(as) professores(as) do Ensino Fundamental durante a pandemia e como esta perspectiva pode ser incorporada às práticas pedagógicas. Visando maior compreensão a respeito da temática, utilizamos alguns aportes teóricos, como Cunha et al (2021), Lévy (1999), Pozo (2002), Alves (2020), Santaella (2013), entre outros. Metodologicamente, este trabalho sustenta-se na pesquisa qualitativa com o aprofundamento da pesquisa de campo, realizada em uma escola de ensino fundamental da rede pública de Imperatriz/MA, utilizando-se como instrumentos de nossa pesquisa um questionário que caracterizou os participantes nos aspectos da idade, formação, tempo de experiência na docência e o nível de apropriação em tecnologias, bem como uma entrevista estruturada com 12 professores(as) dessa mesma escola. A pesquisa revelou que é possível ocorrer aprendizagem significativa por meio das tecnologias digitais em outros espaços e tempos além da sala de aula, uma vez que a escola já não é mais a única e nem a principal fonte de saber para o aluno. Assim, sustentados pela onipresença que a ubiquidade possibilita, constatamos que a aprendizagem mediada pelas TDIC tem diminuído a distância entre a aprendizagem formal e informal, bem como, o entendimento dos(as) professores(as) de que elas são necessárias para a educação e ressignificação de suas estratégias de ensino, mas, a aprendizagem ubíqua que promove a autonomia dos alunos, precisa ser guiada/mediada pelo(a) professor(a) na promoção de uma educação a partir dos novos contextos sociais atravessados pela tecnologia, transformando-os criticamente em conhecimento verdadeiro e estruturado.