Incidência do câncer de pele melanoma e não melanoma na região metropolitana do sudoeste maranhense

Abstract

Resumo: O câncer de pele constitui atualmente um grave problema de saúde pública por apresentar um alto índice de crescimento no cenário mundial. No Brasil, cerca de 180 mil casos novos de tumores cutâneos são registrados anualmente, o que corresponde a 33% de todas as neoplasias malignas diagnosticadas no país. Contudo, apesar dos números expressivos, os dados para várias regiões brasileiras ainda são escassos e afetados por subnotificações. O objetivo da pesquisa foi analisar a incidência de pacientes com câncer de pele melanoma e não melanoma na Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense, a qual compreende 22 municípios. Os dados utilizados são de domínio público, sendo disponibilizados pelo Painel Oncologia do Ministério da Saúde, por intermédio do DATASUS. Foram consideradas como variáveis o sexo, faixa etária, município de residência, tipo de diagnóstico, local de estabelecimento do diagnóstico e ano de estabelecimento do tratamento, de 2015 a 2019, sendo excluídos os diagnósticos que não pertenciam ao recorte temporal em análise. Para comparação da incidência entre os municípios, foi adotado como base populacional a análise para 100.000 habitantes. Os resultados demonstraram que embora os municípios mais populosos tendem a apresentar maior número de diagnósticos, a taxa de incidência é maior em municípios de pequeno porte. Além disso, há discreta predominância regional em ambos os diagnósticos pelo sexo masculino. O melanoma geralmente é diagnosticado em uma idade mais precoce que o câncer de pele não melanoma e quase todos os diagnósticos foram realizados em Imperatriz, que se destaca como polo sanitário no contexto regional. Diante disso, torna-se fundamental a realização de mais análises do panorama regional para a implementação de políticas públicas mais efetivas.