IMPACTOS DO SETOR DE ATUAÇÃO E ESCALA DE TRABALHO SOBRE A QUALIDADE DE SONO DE POLICIAIS MILITARES DO MUNICÍPIO DE PINHEIRO - MA

Abstract

O sono desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde e do bem-estar. Contudo, fatores ocupacionais como escalas de trabalho irregulares, longas jornadas, alta exigência física e mental, além do estresse ocupacional podem impactar negativamente sua qualidade. A resistência muscular, essencial para atividades funcionais, também pode ter influência sobre a qualidade do sono. Este estudo investigou a associação entre características laborais, resistência muscular e qualidade do sono de policiais militares do município de Pinheiro, Maranhão. Trata-se de um estudo transversal realizado com 37 policiais militares ativos, distribuídos entre os setores administrativo, operacional e especializado. A coleta de dados foi realizada por meio do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), questionário sociodemográfico e laboral, além de testes de resistência muscular (flexões de braço e abdominais). Os resultados mostraram que 45,5% dos policiais em turnos de 24 horas e 100% daqueles em turnos noturnos apresentaram qualidade de sono ruim, enquanto 83,3% dos policiais em turnos diurnos relataram boa qualidade de sono. Em relação à resistência muscular, não foram observadas associações significativas com a qualidade do sono (p = 0,298 para abdominais e p = 0,393 para flexões), assim como não foi identificada relação com o setor de atuação. Concluiu-se que o regime de trabalho noturno é o principal fator associado à má qualidade do sono nessa população. Estes achados ressaltam a necessidade de ajustes nas escalas de trabalho e na implementação de estratégias que promovam a higiene do sono, contribuindo para a saúde e o bem-estar dos policiais militares.