Efeito de diferentes fotoperíodos no desempenho produtivo e resistência imunológica na larvicultura do peixe amazônico trachelyopterus galeatus (linnaeus, 1766).

Abstract

RESUMO: O fotoperíodo, definido como a duração do ciclo diário de luz, influencia significativamente os processos biológicos de diversas espécies, incluindo peixes. Na aquicultura, o controle do fotoperíodo é essencial para otimizar o desempenho produtivo e fortalecer a saúde dos organismos, com ênfase na resistência imunológica. Este estudo avaliou os efeitos de diferentes fotoperíodos na larvicultura do peixe amazônico Trachelyopterus galeatus, uma espécie de importância econômica para a piscicultura. O experimento foi conduzido no Laboratório de Desenvolvimento Aquícola da Amazônia Maranhense (L’AQUAM) da Universidade Federal do Maranhão, utilizando 560 pós-larvas com comprimento médio de 6,61 ± 0,33 mm e peso médio de 2,36 ± 0,10 mg. As pós-larvas foram distribuídas em sete tratamentos de fotoperíodo: (0L:24E) 0h de luz e 24h de escuridão, (4L:20E) 4h de luz e 20h de escuridão, (8L:16E) 8h de luz e 16h de escuridão, (12L:12E) 12h de luz e 12h de escuridão, (16L:8E) 16h de luz e 8h de escuridão, (20L:4E) 20h de luz e 4h de escuridão e (24L:0E) 24h de luz e 0h de escuridão, com quatro repetições por tratamento, totalizando 28 aquários, durante 30 dias. As larvas foram alimentadas três vezes ao dia com náuplios recém-eclodidos de Artemia franciscana, após o período de alimentação foram submetidas a um teste de resistência envolvendo uma infecção subletal com Aeromonas hydrophila, na concentração de 1,2 × 10⁸ UFC.L⁻¹ na água. Os dados obtidos foram analisados quanto à normalidade e homocedasticidade pelos testes de Shapiro-Wilk e Bartlett, seguidos de Análise de Variância (ANOVA). Quando significativo, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (5%) usando os programas BioEstat e Past. Os resultados mostraram que fotoperíodos curtos (0L:24E, 4L:20E e 8L:16E) favoreceram o crescimento, a uniformidade dos lotes e a resistência imunológica. Fotoperíodos longos (12L:12E, 16L:8E, 20L:4E e 24L:0E) aumentaram a sobrevivência, possivelmente devido à redução do canibalismo e à estabilidade ambiental. Após o desafio com A. hydrophila, fotoperíodos curtos (0L:24E; 4L:20E; 8L:16E e 12L:12E) demonstraram maior resistência imunológica. Conclui-se que fotoperíodo curtos (0L:24E, 4L:20E e 8L:16E) favoreceram o crescimento, a uniformidade dos lotes e a resistência imunológica do T. galeatus, enquanto fotoperíodos longos (12L:12E, 16L:8E, 20L:4E e 24L:0E) promoveram maior sobrevivência das larvas.__