Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/123456789/914
Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRESSE PERCEBIDO DURANTE A GRAVIDEZ E ANEMIA NA CRIANÇA
Autor(es): Santos, Brunna Leticia Abreu
Palavras-chave: Estresse Psicológico
Gravidez
Anemia
Criança
Stress Psychological
Pregnancy
Anemia
Child
Data do documento: 29-Mar-2016
Resumo: INTRODUÇÃO: A anemia é um importante problema de saúde pública em crianças menores de 5 anos, com prevalência mundial de 47,4% para este grupo etário. Diversos trabalhos têm apontado fatores de risco associados à anemia, como menor escolaridade materna, baixa renda familiar, número de residentes no domicílio com a mesma faixa etária, menor idade materna, água não tratada, esgotamento sanitário inadequado, déficits antropométricos e desmame precoce. Por outro lado, o estresse materno durante a gestação apresenta riscos tanto à saúde da mãe quanto ao desenvolvimento da criança. Em primatas, foi associado à ocorrência de deficiência de ferro e comprometimento da imunidade inata, mas nenhum estudo foi ainda realizado com humanos. OBJETIVO: Verificar se existe associação entre estresse percebido durante a gravidez e ocorrência de anemia em crianças de 12 a 31 meses de idade MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo, realizado com 1447 gestantes e 778 crianças pertencentes à coorte de pré-natal BRISA. O nível de estresse percebido durante a gravidez foi averiguado pela Escala de Estresse Percebido (Perceived Stress Scale - PSS-14), sendo considerado alto nível de estresse escores acima do último quartil (>P75). Foi considerada anemia nível de hemoglobina < 11g/dl. A escolha dos fatores de confusão incluídos no ajuste foi realizada por meio de gráficos acíclicos direcionados (DAG). Na análise estatística foram estimados razão de prevalência (prevalence rate ratio) e intervalo de confiança de 95% por meio da regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Os dados foram ponderados pelo inverso da probabilidade de seleção e foi também realizada estimativa em modelos estruturais marginais. RESULTADOS: Apesar das perdas na amostra, não houve diferença significativa entre o grupo que coletou sangue e o que não coletou quanto às categorias idade materna, situação conjugal e estresse materno (p > 0,05). Contudo, as crianças com maior renda compareceram menos para a coleta (33,3%) (p=0,012). A prevalência de estresse percebido durante a gestação foi de 23,4%. A maioria das gestantes relatou possuir companheiro e houve predomínio das famílias com menor renda (até 3 salários mínimos). As crianças apresentaram concentração média de hemoglobina de 11,8 ± 0,9 g/dl e prevalência de anemia de 15,7%. O percentual de crianças com anemia cujas mães eram estressadas foi maior (26,9%) do que aquelas cujas mães não eram estressadas (12,3%) (p<0,001), com PRR = 2,08 (IC95%= 1,49–2,91) após ajuste. CONCLUSÃO: Corroborando achados em primatas, altos níveis de estresse percebido durante a gestação estão associados a maior prevalência de anemia no segundo e terceiro anos de vida.
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/914
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Nutrição do Campus do Bacanga

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