DESAFIOS DA REABILITAÇÃO ORAL DE PACIENTES BRUXISTAS E IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Abstract

O bruxismo é uma atividade muscular mastigatória classificada em bruxismo do sono e da vigília, não associada a um distúrbio em indivíduos saudáveis. Seus principais sinais clínicos são o desgaste dos dentes, planificação das superfícies oclusais, presença de fraturas e trincas, língua gretada, hipertrofia do masseter, entre outras alterações. Essa desordem pode impactar a reabilitação oral de pacientes, o que gera desafios de ordem biológica ou mecânica e que devem ser de conhecimento de acadêmicos e cirurgiões-dentistas. Diante da relevância do tema, o objetivo deste trabalho foi discutir, baseado em evidências científicas, os principais desafios encontrados por profissionais da Odontologia para reabilitar bruxistas e a importância de uma intervenção multidisciplinar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio de uma busca computadorizada realizada nas bases de dados bibliográficas: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scielo e Lilacs, com os seguintes descritores: “bruxismo”; “prótese dentária”; “implantes”. Obteve-se um total de 376 artigos, destes 72 passaram pela leitura dos títulos e resumos, após a remoção das duplicatas. A amostra final desta revisão apresenta 18 artigos que atendem a todos os critérios de inclusão previamente definidos. Os estudos selecionados indicaram que o bruxismo deve ser considerado como um fator de risco para falhas mecânicas, como fraturas da cerâmica, folga de parafusos e descimentação. No entanto, não foi possível afirmar que essa desordem provoque falhas biológicas, o que revela a necessidade de mais pesquisas na área. Fica evidente que a participação de profissionais de outras áreas da saúde é fundamental para aumentar a taxa de sucesso da reabilitação. Por fim, torna-se evidente a necessidade de mais estudos para ampliar a discussão sobre as lacunas que ainda existem sobre o tema, como as implicações do bruxismo em próteses convencionais totais e parciais removíveis.