Avaliação do consumo alimentar de adolescentes e adultos com Síndrome de Down

Abstract

RESUMO

Introdução: Pessoas com Síndrome de Down apresentam alterações metabólicas e nutricionais, sendo necessário monitorar a alimentação. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de adolescentes e adultos com Síndrome de Down em São Luís (MA). Materiais e Métodos: Estudo transversal, com 48 pessoas com Síndrome de Down, atendidas em três clínicas odontológicas da rede pública de São Luís (MA). O consumo alimentar foi identificado por meio do Recordatório de 24h. Avaliou-se a adequação do percentual médio de macronutrientes, em relação ao valor energético total da dieta e a ingestão de vitamina A (μg/d), vitaminas B1 e B6 (mg/d), vitamina C (mg/d), cálcio, ferro e zinco (mg/d), segundo as recomendações das Dietary Reference Intakes. Os testes do Qui-quadrado de Pearson e t de Student verificaram a associação entre as variáveis, com nível de significância de 5%. Resultados: O consumo médio energia da dieta foi de 1813,9 kcal (IC95%=1602,2-2025,6). O consumo médio de carboidratos representou 54,1% da energia total da dieta (IC95%=49,90 – 58,36), das proteínas 23,4% (IC95%=19,34 – 27,52) e das gorduras 22,4% (IC95%= 20,30 – 24,55). Adequação da prevalência de consumo de proteínas foi 78,8%, a prevalência de consumo elevado de carboidratos foi de 27,0%, consumos insuficientes de gorduras 70,8%, vitamina A 85,4%, vitamina C 41,7%, vitamina B1 52,1%, vitamina B6 em 95,8%, cálcio 95,8%, ferro 45,8% e zinco 95,8%. Conclusão: As pessoas com Síndrome de Down apresentaram importantes inadequações no consumo alimentar, sendo necessário desenvolver ações de Educação Alimentar e Nutricional, com a finalidade de promover práticas alimentares mais saudáveis. ABSTRACT

Introduction: People with Down syndrome present metabolic and nutritional alterations, and it is necessary to monitor their diet. Objective: To evaluate the food consumption of adolescents and adults with Down syndrome in São Luís (MA). Materials and Methods: Cross-sectional study with 48 people with Down syndrome, treated at three dental clinics in the public network of São Luís (MA). Food consumption was identified through the 24-hour recall. The adequacy of the average percentage of macronutrients in relation to the total energy value of the diet and the intake of vitamin A (μg/d), vitamins B1 and B6 (mg/d), vitamin C (mg/d), calcium, iron and zinc (mg/d) were evaluated, according to the recommendations of the Dietary Reference Intakes. Pearson's chi-square and Student's t tests verified the association between the variables, with a significance level of 5%. Results: The average dietary energy intake was 1813.9 kcal (95% CI = 1602.2-2025.6). The average carbohydrate intake represented 54.1% of the total dietary energy (95% CI = 49.90 - 58.36), proteins 23.4% (95% CI = 19.34 - 27.52) and fats 22.4% (95% CI = 20.30 - 24.55). The prevalence of adequacy of protein intake was 78.8%, the prevalence of high carbohydrate intake was 27.0%, insufficient fat intake 70.8%, vitamin A 85.4%, vitamin C 41.7%, vitamin B1 52.1%, vitamin B6 95.8%, calcium 95.8%, iron 45.8% and zinc 95.8%. Conclusion: People with Down Syndrome have significant inadequacies in their food consumption, and it is necessary to develop Food and Nutrition Education actions in order to promote healthier eating habits.