PRÁTICAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS DE 6 A 23 MESES DE IDADE, ASSISTIDAS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE, EM SÃO LUÍS, MARANHÃO

Abstract

As práticas alimentares inadequadas, nos primeiros anos de vida da criança, são fatores de risco para o desenvolvimento de carências nutricionais. Avaliou-se o consumo alimentar, de crianças de 6 a 23 meses de idade, atendidas em Unidades Básicas de Saúde, em São Luís, Maranhão. Estudo do tipo transversal, descritivo, de bases secundárias, desenvolvido com 128 crianças, com 6 a 23 meses de idade, assistidas em Unidades Básicas de Saúde do Município de São Luís - MA. Utilizaram-se dados de um formulário aplicado às mães ou responsáveis pelas crianças para investigar as condições socioeconômico-demográficas e do Inquérito Alimentar Recordatório de 24 horas, para avaliar o consumo alimentar. Compararam-se os dados de consumo alimentar com as recomendações das Dietary Reference Intakes. Verificou-se a adequação de energia, macronutrientes, vitamina A e C, Ferro, cálcio e fibras. O consumo de energia foi elevado em todas as faixas etárias das crianças. O consumo de carboidratos, proteínas, vitamina C e cálcio foram elevados para as crianças de 6 a 11 meses e para as de 12 a 23 meses de idade (74,5% vs 85,2%; 93,6% vs 97,5%; 55,3% vs 84,0%; 78,7% vs 71,6%). Foi insuficiente o consumo de lipídios (55,3%), vitamina A (46,8%) e ferro (51,0%) pelas crianças de 6 a 11 meses, assim como o de fibras (98,8%) pelas crianças de 12 a 23 meses de idade. O consumo de vitamina A (48,2%) e de ferro (90,1%) foi elevado para as crianças de 12 a 23 meses de idade. Evidenciou-se monotonia alimentar com a alimentação das crianças se constituindo, basicamente, por leite, cereais e tubérculos; farináceos e açúcares e doces. Ações de educação nutricional direcionadas às mães/responsáveis pelas crianças devem ser implementadas, no âmbito da Atenção Primária de São Luis, com vistas à promoção da saúde.