MÍDIA E FEMINICÍDIO NO BRASIL: O CASO DANIELLA PEREZ NAS CAPAS DO JORNAL O GLOBO

Abstract

Este trabalho analisa a cobertura midiática de crimes de feminicídio no Brasil, com foco no caso Daniella Perez (1992) e sua evolução após a promulgação da Lei 13.104/2015, que qualificou o feminicídio como crime hediondo. A pesquisa contextualiza o caso Daniella Perez, inicialmente tratado como um "crime passional" e identifica mudanças nas narrativas midiáticas e seus impactos sociais e jurídicos. Utilizando análise documental e teórica, os resultados apontam que a mídia desempenha um papel central na formação da opinião pública, podendo tanto perpetuar estereótipos de gênero quanto promover conscientização sobre a violência contra a mulher. Apesar dos avanços na abordagem dos crimes de feminicídio, especialmente após 2015, elementos sensacionalistas e a invisibilidade de grupos marginalizados, como mulheres negras e indígenas, ainda são desafios a serem enfrentados. Conclui-se que a mídia, ao adotar práticas mais éticas e informativas, pode contribuir significativamente para a luta por igualdade de gênero e justiça social.