MODA E INCLUSÃO Análise da representatividade em capas de Vogue, Harper's Bazaar e Elle Brasil

Abstract

A pesquisa aqui apresentada investiga como as capas das revistas Vogue, Harper 's Bazaar e Elle Brasil, entre 2020 e 2024, representaram ou negligenciaram grupos historicamente marginalizados. O estudo foca na presença de mulheres de diferentes raças e etnias, pessoas LGBTQIAPN+, corpos fora do padrão hegemônico e mulheres de diferentes faixas etárias. Historicamente, essas revistas têm desempenhado um papel central na construção de padrões estéticos, reforçando ideais de magreza, juventude e feminilidade. Diante das recentes mobilizações sociais por diversidade e inclusão no Brasil, questiona-se: quais padrões de beleza foram protagonistas ao longo do período analisado e quais foram sistematicamente excluídos? Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem quantitativa e qualitativa, analisando as capas das publicações selecionadas para identificar padrões de representatividade. Esse mapeamento permite compreender como as escolhas editoriais dessas revistas refletem ou desafiam os padrões dominantes de beleza e identidade na mídia. Os resultados preliminares apontam para uma inclusão ainda limitada desses grupos, embora haja avanços pontuais impulsionados por pressões sociais e mudanças no discurso midiático. O estudo contribui para a área do jornalismo e da comunicação ao problematizar a atuação das revistas de moda como mediadoras de visibilidade e consumo cultural.