Angústia, política, ética e liberdade em Kierkegaard: tentativas para pensar a contemporaneidade

Abstract

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo geral: Analisar a relação entre angústia, política, ética e liberdade em Søren Aabye Kierkegaard a partir da obra: O conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário. Para esse empreendimento, partiu-se da seguinte problemática: Que possibilidades éticas e políticas estão presentes na reflexão acerca da liberdade na contemporaneidade a partir do conceito de angústia presente na obra de Kierkegaard de 1844?

Para o alcance dos objetivos propostos, a metodologia adotada foi de cunho teórico- bibliográfico, baseada na revisão de textos do próprio autor e de comentadores que abordaram

suas reflexões sobre existência, subjetividade e responsabilidade. No referencial teórico, destacou-se os conceitos kierkegaardianos de angústia, ética e liberdade, que serviram como base para analisar as tensões entre individualidade e coletividade. A pesquisa apontou que a crítica de Kierkegaard à massificação social e à instrumentalização da culpa pelas instituições religiosas e políticas permanece relevante nos debates contemporâneos sobre alienação e liberdade. Concluiu-se que a angústia, longe de ser um obstáculo, pode se tornar um caminho para a autêntica compreensão da existência e para a emancipação do indivíduo diante das pressões sociais e institucionais.