CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS DO ESTADO DO MARANHÃO

Abstract

Uma das consequências do expressivo aumento da população idosa no País, são as necessidades sociais e assistenciais integradas. Sendo assim, estão em voga, as demandas por Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas (ILPIs) que acolham pessoas idosas, e que incorporem os cuidados voltados à vida social, emocional, às necessidades da vida diária e à assistência à saúde. As presentes pesquisas, tem por objetivo conhecer o perfil epidemiológico das ILPIs do Estado do Maranhão. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, realizado no período de Abril a Agosto de 2024, onde se coletou dados secundários sobre a população idosa (sexo e faixa etária predominante) e aspectos sociossanitários (taxa de analfabetismo, renda geral, índice de pobreza, abastecimento de água, rede de esgoto e coleta de lixo) do Estado do Maranhão por meio do IBGE e SIAB/SUS, e dados específicos sobre as ILPIs, por meio de dados dispostos na ficha cadastral do Conselho Estadual de Direitos do Idoso do Maranhão (CEDIMA). Utilizou-se o programa STATA 12.0® para analisar os dados. Os resultados da pesquisa nos mostram um perfil de pessoas idosas do Estado do Maranhão do sexo feminino (53,19%), na faixa etária de 60 a 64 anos (30,3%), com taxa de analfabetismo de 35,4%, renda média de R$ 945,00, em situação de extrema pobreza (54,6%), ausentes de rede de esgoto (81,84%). Em nosso Estado, detectou-se 22 ILPIs, sendo 11 (50%) na macrorregião Norte, 7 (31,8%) na macrorregião Sul e 4 (18,2%) na macrorregião Leste, destas, 14 (63,8%) são filantrópicas, com um total de 330 vagas e 319 acolhidos, contudo, especificamente na macrorregião Sul, temos 193 vagas e 197 acolhidos, com 240 residentes do sexo masculino. É substancial o conhecimento do perfil da sociedade do Estado e suas respectivas macrorregiões de saúde, dadas as suas diferenças, para entender seus déficits e necessidades, uma vez que estas informações são de grande valia para tomar decisões em prol da qualificação do cuidado à pessoa idosa.