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Título: TENDÊNCIA DA SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL NO PERÍODO DE 2013-2023
Título(s) alternativo(s): TRENDS OF GESTATIONAL SYPHILIS IN BRAZIL IN THE PERIOD 2013-2023
Autor(es): VERAS, Arthur Milhomem
CORRÊA, Denise Ferreira
Palavras-chave: Sífilis;
Gestantes;
Brasil;
Monitoramento Epidemiológico;
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Syphilis;
Pregnant Women;
Brazil;
Epidemiological Monitoring;
Sexually Transmitted Diseases
Data do documento: 20-Dez-2024
Editor: UFMA
Resumo: INTRODUÇÃO: A sífilis gestacional (SG) representa uma importante questão de saúde pública no Brasil, devido às suas complicações e impactos na saúde materno-infantil. A doença, embora passível de prevenção e tratamento, continua a registrar altas taxas de incidência no país. O período de 2013 a 2023 foi marcado por desafios relacionados à notificação, diagnóstico e manejo de casos. OBJETIVO: Analisar a tendência dos casos de sífilis gestacional no Brasil no período de 2013 a 2023. MÉTODO: Realizou-se um estudo ecológico da série temporal da sífilis em gestantes no Brasil durante o período de 2013-2023. A população do estudo foi composta pelos casos de sífilis em gestantes notificados no Brasil durante o período. Os dados da pesquisa foram coletados através da plataforma de dados públicos do DATASUS durante o mês de outubro de 2024. Os dados foram inseridos e analisados no Programa Stata® versão 17.0 utilizando três unidades de análise: Brasil, suas regiões e as UF. Para o estudo da tendência foi utilizado um modelo de regressão linear generalizada de Prais-Winsten que permitiu avaliar as variações como crescentes, decrescentes ou estáveis, a partir da análise da medida de crescimento e do nível de significância (p < 0,05). RESULTADOS: Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou 556.648 casos de sífilis gestacional. A tendência da sífilis gestacional no Brasil foi crescente na maioria das regiões e UF do Brasil, com uma taxa de detecção média de 18,22 casos por 1.000 habitantes. A maioria das gestantes afetadas estava na faixa etária de 20 a 39 anos (73,56%), e a predominância é de mulheres não brancas (64,17%). A forma clínica latente foi a mais prevalente (35,41%), seguida pela primária (26,97%). As maiores taxas de detecção foram observadas nas regiões Sudeste e Sul, com destaque para o Rio de Janeiro, que apresentou taxa superior a 30 casos por 1.000 nascidos vivos. CONCLUSÃO: A sífilis gestacional no Brasil apresenta uma tendência crescente na maioria das regiões e UF do Brasil, a taxa de detecção nacional manteve-se em crescimento ao longo de todo o período, com perfil epidemiológico predominante de gestantes jovens, não brancas, entre 25 e 39 anos, diagnosticadas com a forma latente da doença e resultados reagentes aos testes treponêmicos e não treponêmicos. Isso reforça a necessidade de capturar gestantes para início precoce do pré-natal, melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento, e ampliar o acesso aos serviços de saúde, inclusive para homens.
Descrição: INTRODUCTION: Gestational syphilis (GS) represents a significant public health issue in Brazil due to its complications and impact on maternal and child health. Although preventable and treatable, the disease continues to show high incidence rates in the country. The period from 2013 to 2023 was marked by challenges related to case reporting, diagnosis, and management. OBJECTIVE: To analyze the trend of gestational syphilis cases in Brazil from 2013 to 2023. METHOD: An ecological time-series study was conducted on gestational syphilis cases in Brazil during 2013–2023. The study population comprised reported cases of gestational syphilis in Brazil within the period. Data were collected from the public data platform DATASUS in October 2024. The data were entered and analyzed using Stata® version 17.0, focusing on three levels of analysis: Brazil, its regions, and states (UFs). A Prais-Winsten generalized linear regression model was used to study trends, categorizing variations as increasing, decreasing, or stable based on growth rates and significance levels (p < 0.05). RESULTS: Between 2013 and 2023, Brazil recorded 556,648 cases of gestational syphilis. The trend of gestational syphilis was increasing in most regions and states of Brazil, with an average detection rate of 18.22 cases per 1,000 inhabitants. Most affected pregnant women were aged 20–39 years (73.56%), and non-White women predominated (64.17%). The latent clinical form was the most prevalent (35.41%), followed by the primary form (26.97%). The highest detection rates were observed in the Southeast and South regions, with Rio de Janeiro standing out for its rate exceeding 30 cases per 1,000 live births. CONCLUSION: Gestational syphilis in Brazil shows an increasing trend in most regions and states, with the national detection rate growing throughout the study period. The epidemiological profile is predominantly of young, non-White pregnant women aged 25–39 years diagnosed with the latent form of the disease and reactive to treponemal and non-treponemal tests. This emphasizes the need to engage pregnant women for early prenatal care, improve access to diagnosis and treatment, and expand healthcare services, including for men.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/9392
Aparece nas coleções:TCC de Graduação em Enfermagem do Campus do Bacanga

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