CONDUTAS DE PROTEÇÃO E DE RISCO À SAÚDE DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Abstract

Introdução: A Universidade oferece aos estudantes diversas oportunidades de desenvolvimento pessoal, emocional, intelectual e profissional, mas também impõe desafios significativos. Entre as dificuldades enfrentadas estão o estresse acadêmico, a sobrecarga de responsabilidades e a necessidade de conciliar estudos, trabalho e vida pessoal, fatores que, em conjunto, podem influenciar nas condutas de proteção e risco à saúde dos estudantes. Frente a esse contexto, esta pesquisa propõe o seguinte questionamento: Quais condutas de proteção e risco para saúde são adotadas por estudantes de enfermagem de uma Instituição Pública de Ensino Superior? Objetivos: Identificar as condutas de proteção e de risco à saúde de estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Campus São Luís, considerando a dimensão 1 (saúde, educação em saúde e segurança) e a dimensão 6 (saúde física) do questionário National College Health Assessment IIc – NCHA IIc; Descrever as características demográficas dos estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Campus São Luís; Descrever as condutas dos estudantes de enfermagem que visem promover e conservar a saúde; Identificar os comportamentos que potencializam os riscos para a saúde desses estudantes. Materiais e métodos: Pesquisa exploratória descritiva com abordagem quantitativa com 334 estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, campus São Luís. Para a coleta de dados utilizou-se o instrumento National College Health Assessment IIc – NCHA IIc, disponibilizado por meio de um formulário no Google forms e encaminhado aos estudantes via e-mail institucional. A análise dos dados foi realizada utilizando o software RStudio 2024.09.0 com apresentação dos resultados em gráficos e tabelas. A pesquisa tem parecer ético consubstanciado sob o número 6.125.451. Resultados: Observou-se predominância do gênero feminino (77,8%), da cor de pele negra/parda/preta (63,4%) e de adultos jovens com idade entre 18 e 24 anos (71,6%). A maioria se identificou como heterossexual (79%) e solteira (94%). Quanto ao rendimento acadêmico, 44% dos participantes o consideraram “bom”. Observou-se baixo envolvimento em atividades extracurriculares (91,32%) e em competições esportivas intercursos (88%). Na Dimensão 1, destacou-se uma autopercepção de saúde considerada “boa” (46,1%) e “razoável” (29%). Em relação ao uso de dispositivos de segurança, 37,78% não usam cinto de segurança regularmente, enquanto 52,6% afirmaram sempre usar capacete. Na Dimensão 6, 63,17% praticaram exercício físico nos últimos 30 dias, 58,91% realizaram o autoexame das mamas e houve alta adesão à vacinação, especialmente contra Hepatite B (91,92%), Sarampo (89,92%) e Influenza (85,03%). Entretanto, 61,42% dos participantes não realizaram o autoexame dos testículos, 39,92% não realizaram o autoexame das mamas e 19,76% relataram não ter dormido o suficiente para se sentirem descansados em nenhum dia da semana anterior. Conclusão: Diante dos resultados obtidos, o NCHA IIc demonstrou ser uma ferramenta eficaz na identificação de comportamentos de proteção e risco à saúde entre estudantes universitários brasileiros, reforçando a sua relevância para a construção de currículos inclusivos e estratégias de promoção e educação em saúde. Dessa forma, evidenciando a importância da universidade como promotora de conhecimento e formação integral, sendo a fase universitária crucial para o fortalecimento de práticas saudáveis entre os futuros profissionais de enfermagem.