DISTRIBUIÇÃO TEMPO E ESPACIAL DA COBERTURA VACINAL DA HEPATITE A: Estudo ecológico

Abstract

Introdução: A hepatite A é uma doença viral causada pelo HAV que, embora frequentemente autolimitada, pode gerar complicações graves, especialmente em populações vulneráveis. Apesar da diminuição nos casos de incidência e mortalidade, se destaca o fato de dar atenção à intervenção como a vacinação da população brasileira. Objetivo: Investigar a distribuição espaço-temporal da cobertura vacinal contra hepatite A no Maranhão entre 2014 e 2022. Metodologia: A pesquisa, de natureza ecológica temporal, utilizou dados secundários do DATASUS como os dados de cobertura vacinal registrados a partir do sistema do Programa Nacional de Imunizações. Foram obtidos padrões de distribuição da cobertura vacinal da hepatite A nas regionais de Saúde do Maranhão, apresentado por mapas temáticos elaborados no programa QGis, versão 3.24.1. Resultados: Observou-se uma média geral de cobertura abaixo da meta recomendada (95%), com variações entre 43,69% e 74,06%. Regiões como Pedreiras e São Luís apresentaram índices consistentemente baixos, enquanto outras, como Presidente Dutra, alcançaram taxas moderadas. Em 2022, demonstrou uma melhora na cobertura, a qual chegou na porcentagem moderada (63,6%), uma diferença percentual de aproximadamente 17% em relação aos anos anteriores. Fatores como desabastecimento de vacinas, pandemia de COVID-19 e desigualdades socioeconômicas influenciaram negativamente na cobertura vacinal nas regionais de saúde do Maranhão. Conclusão: Considera-se que, apesar de avanços na cobertura vacinal, o Maranhão ainda enfrenta desafios significativos na adesão ao esquema vacinal contra hepatite A. O uso contínuo de análises espaço-temporais e a priorização de regiões vulneráveis podem contribuir para uma imunização mais eficiente e equitativa, prevenindo surtos e garantindo melhores índices de proteção populacional.