Opções de tratamento farmacológico para lombalgia crônica: eficácia versus efeitos adversos

Abstract

RESUMO: INTRODUÇÃO: A dor lombar afeta cerca de 60% a 90% da população adulta no mundo todo, sendo que cerca de um quarto poderá evoluir para lombalgia crônica (LC). Devido à alta prevalência, a LC gera grandes gastos com saúde no mundo. Entretanto, muitos casos de dor lombar são inespecíficos, de difícil diagnóstico e tratamento. OBJETIVO: Determinar quais as melhores opções de tratamento farmacológico para LC e apontar os efeitos colaterais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa que utilizou como base de dados as bibliotecas virtuais do Pubmed, BVS e SciELO, a partir da pergunta norteadora: “Quais os fármacos com maior eficácia e com menor incidência de efeitos adversos no controle da dor lombar crônica?” Os critérios de inclusão e de exclusão foram rigorosamente definidos, selecionando artigos publicados entre 2015 e 2024, sendo realizado em cinco fases, utilizando o diagrama de Flow para orientar a busca das publicações. RESULTADOS: 423 artigos foram encontrados, 96 no Pubmed, 325 na BVS e dois na SciELO. 415 artigos foram excluídos após as etapas de exclusão, restando oito para compor a presente revisão. DISCUSSÃO: Mesmo com relatos de artralgia como efeito adverso, o fasinumab e o tanezumab foram eficazes no controle da LC. A infusão intratecal de fentanil/ bupivacaína foi eficaz em pacientes com LC intratável. O NKTR-181 e o cebranopadol mostraram boa eficácia e menor potencial de abuso. O tapentadol combinado com a pregabalina, foi mais eficaz, mas com maiores efeitos adversos. O celecoxibe superou o paracetamol no alívio da dor, enquanto a duloxetina se destacou na melhora da dor em pacientes que não responderam aos AINEs. CONCLUSÃO: A análise de tratamento farmacológico para LC revelou novas opções eficazes, e com menos efeitos adversos. A escolha do tratamento deve ser individualizada para otimizar resultados e reduzir riscos.___ABSTRACT: INTRODUCTION: Low back pain affects approximately 60% to 90% of the adult population worldwide, and approximately a quarter of these may develop chronic low back pain (CL). Due to its high prevalence, CL generates significant health care costs worldwide. However, many cases of low back pain are nonspecific and difficult to diagnose and treat. OBJECTIVE: To determine the best pharmacological treatment options for CL and to identify side effects. METHODOLOGY: This is an integrative literature review that used the virtual libraries of Pubmed, BVS and SciELO as a database, based on the guiding question: “Which drugs are most effective and have the lowest incidence of adverse effects in controlling chronic low back pain?”. The inclusion and exclusion criteria were rigorously defined, selecting articles published between 2015 and 2024, and were carried out in five phases, using the Flow diagram to guide the search for publications. RESULTS: 423 articles were found, 96 in Pubmed, 325 in BVS and two in SciELO. After the exclusion steps, 415 articles were excluded, leaving eight articles to compose the present review. DISCUSSION: Despite reports of arthralgia as an adverse effect, fasinumab and tanezumab were effective in controlling CL. Intrathecal infusion of fentanyl/bupivacaine was effective in patients with intractable CL. NKTR-181 and cebranopadol showed good efficacy and less abuse potential. Tapentadol combined with pregabalin was more effective, but with greater adverse effects. Celecoxib outperformed paracetamol in pain relief, while duloxetine stood out in improving pain in patients who did not respond to NSAIDs. CONCLUSION: The analysis of pharmacological treatment for CL revealed new effective options, with fewer adverse effects. The choice of treatment must be individualized to optimize results and reduce risks.