Prevalência de esofago de Barret em pacientes portadores de doença do refluxo gastroesofágico atendidos em uma cidade do sul do Maranhão

Abstract

RESUMO

Contexto: O esôfago de Barrett se manifesta como uma consequência do refluxo gastroesofágico, que provoca a conversão do revestimento esofágico habitualmente escamoso em um revestimento colunar especializado, contendo células caliciformes. Essa condição carrega consigo o risco potencial de evoluir para malignidade. No entanto, o entendimento do perfil sociodemográfico associado a essa condição, especialmente na região sul do Maranhão, carece de informações, o que por sua vez dificulta a detecção precoce e o diagnóstico. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados ao de esôfago de Barret em pacientes portadores de doença do refluxo gastroesofágico atendidos em uma cidade do Sul do Maranhão. Métodos: Este estudo descritivo observacional teve uma abordagem quantitativa e analítica, usando dados de laudos de biópsias dos prontuários médicos do Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto, em Imperatriz-MA, e do laboratório de histopatologia HISTOPATH. A amostra incluiu biópsias de esôfago realizadas entre janeiro de 2019 e agosto de 2022, em indivíduos de 18 anos ou mais, admitidos nesses locais com suspeita de Esôfago de Barrett. As variáveis foram idade, sexo e presença de metaplasia intestinal. No total, foram conduzidas 274 amostras onde a associação entre o desfecho em estudo e as variáveis contínuas ocorreu por meio do teste de Wilcoxon. Resultados: Ao longo do período temporal estudado de 2019 a 2022, foram encaminhadas 274 biópsias para estudo histopatológico de lesões de mucosa esofágica. Do total das amostras analisadas, a prevalência de esôfago de Barrett foi de 5,5% (n=15), observou-se que 4 amostras foram positivas para displasia, sendo todas displasia de baixo grau (100%, n=4) com displasia de baixo grau. Em relação ao sexo, 140 (51%) das amostras eram do sexo masculino e 49% do sexo feminino. O esôfago de Barrett foi mias prevalente no sexo masculino (60%, n= 9). Conclusão: Com base na amostra populacional e na abordagem metodológica utilizada, foi possível identificar e descrever pacientes ao longo de um período temporal considerável. Os resultados obtidos na população estudada, foi possível observar uma maior prevalência do esôfago de Barrett quando comparada a literatura científica internacional e nacional.