Análise do conhecimento em libras de profissionais da estratégia de saúde da família no atendimento aos usuários surdos em município do nordeste

Abstract

RESUMO

No Brasil, a surdez é uma deficiência prevalente, afetando cerca de 7,6% da população segundo o censo de 2010. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação para surdos pela lei no 10.436/2002. O decreto no 5.626/05 estabelece que o Sistema Único de Saúde (SUS) e empresas de assistência à saúde devem oferecer tratamento adequado por profissionais capacitados em Libras. No entanto, desafios como falta de conhecimento em Libras e a necessidade de intérpretes ainda prejudicam o acesso à saúde para essa população. O presente estudo investigou o conhecimento em Libras de profissionais

da Estratégia de Saúde da Família (ESF) ao atender pacientes surdos em Imperatriz- MA. Foram coletados dados por questionários aplicados a médicos, enfermeiros e

odontólogos. Resultados indicaram que muitos profissionais não têm conhecimento básico em Libras, sentem desconforto no atendimento a pacientes surdos e acreditam que a comunicação sem acessibilidade prejudica o atendimento. Profissionais com conhecimento em Libras relataram menos desconforto, maior uso da língua como estratégia de comunicação e mais participação em cursos anteriores. O estudo reforça a importância de capacitar profissionais da saúde em Libras para melhorar a inclusão e o atendimento de pacientes surdos.