ESTRUTURA FUNCIONAL DOS PEIXES EXPLORADOS PELA PESCA ARTESANAL DO RIO PERICUMÃ, BAIXADA MARANHENSE

Abstract

O grupo dos peixes apresentam mais de 32.000 espécies válidas, sendo considerado o grupo mais numeroso entre os vertebrados, do total cerca de 43% das espécies habitam estritamente os ambientes de água doce. A estrutura funcional das espécies exploradas pela pesca pode ofertar informações necessárias para a compreensão do funcionamento de um ecossistema, dessa forma o estudo teve como objetivo avaliar a estrutura funcional das assembleias de peixes do rio Pericumã. O trabalho foi realizado no município de Pinheiro, Baixada Maranhense, as coletas foram realizadas em três pontos localizados no canal principal entre o período de julho de 2018 a julho de 2019. A captura das espécies foi executada com uso de rede de emalhe. Os peixes foram atribuídos quanto aos traços funcionais, ao todo, foram analisadas 13 espécies de peixes e três pontos de coleta. Observando a correlação entre os pontos de coleta e a classificação comercial dos peixes, nota-se uma maior contribuição de espécies com alto valor comercial nos pontos. Apenas os peixes com tipos de natação pelágico e demersal possuem relação com os pontos Juçareira e Comporta, já o ponto Cachoeira apresenta relação com as classificações de natação pelágicas, demersal e bentopelágica. Observa-se uma homogeneidade na relação dos pontos de coleta com a ausência ou presença de cuidados parentais. Avaliando a relação dos hábitos alimentares é possível perceber que no ponto Cachoeira a maior contribuição se deu pelo hábito alimentar onívoro, enquanto a menor se deu por onívoros/detritívoros e apenas detritívoros. De modo geral conclui-se que o ponto Cachoeira apresenta maior índice de contribuição dos traços funcionais, e do ponto de vista da conservação, os resultados demonstram a necessidade de maior avaliação de todos os tipos de hábitat presentes no rio para um melhor planejamento de conservação e integração.