Repercussões do jejum prolongado na recuperação de pacientes cirúrgicos: uma revisão integrativa

Abstract

RESUMO

Introdução: A prática do prolongamento do jejum perioperatório visava reduzir o risco de

broncoaspiração durante a anestesia geral. Entretanto, com os avanços da ciência, demonstrou- se que períodos prolongados de privação alimentar podem ocasionar efeitos adversos

significativos, como aumento do catabolismo proteico, hipoglicemia e atraso na cicatrização tecidual. Essas consequências impactam diretamente o tempo de recuperação, prolongam a permanência hospitalar e aumentam os riscos de complicações pós-operatórias. Objetivo: Identificar as repercussões do jejum prolongado na recuperação de pacientes cirúrgicos submetidos às cirurgias eletivas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, que buscou artigos nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), da Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), da Base de dados de Enfermagem (BDENF) e da National Library of Medicine (PubMed), com um recorte temporal superior a 5 anos pela escassez de artigos científicos, na língua portuguesa e inglesa, que retratasse as repercussões do jejum prolongado na recuperação de pacientes cirúrgicos. Para a elaboração da pergunta norteadora e para a seleção dos artigos foi utilizada a estratégia PICo com e a utilização de operadores boleanos AND com os descritores Jejum, Enfermagem, Enfermagem de Centro Cirúrgico, Cuidados Perioperatórios. Para a organização, dos artigos foi utilizado Rayyan16 QCRI, no método de seleção os artigos foram organizados no fluxograma do PRISMA. Resultados: Foram incluídos 12 artigos, que abordaram de forma concisa as repercussões do jejum prolongado, evidenciando as principais consequências como a sede, hipoglicemia, maior tempo de internação e maior risco de complicações no pós-operatório. Conclusão: A análise dos estudos revelou que a manutenção de longos períodos de jejum está associada a repercussões clínicas significativas, tais como hipoglicemia, desidratação, aumento da sede e maior tempo de hospitalização, além de implicações emocionais e nutricionais que comprometem a recuperação do paciente.